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18/07/2018 às 16:08

Cuiabá/MT: Milton Gonçalves e Odete Lara brilham em ?A Rainha Diaba?

Redação Leiagora

Marginal homossexual luta pelo controle do tráfico de drogas em reduto boêmio do Rio Janeiro no filme ?A Rainha Diaba? (RJ, 1974, cor, 100?), de Antônio Carlos da Fontoura, atração dessa quarta-feira (18), às 19h, na Sala Névio Lotufo do Cineclube Coxiponés da UFMT. O curta-metragem ?Di? (RJ, 1977, cor, 15?), de Glauber Rocha, abre a sessão com a classificação indicativa livre e entrada gratuita. Os filmes compõem a programação do projeto de extensão "Cinema brasileiro: um percurso alternativo sobre a história", coordenado por Leonardo Esteves, professor dos cursos de Radialismo e Cinema & Audiovisual da UFMT. O projeto consiste na exibição de filmes de diferentes períodos do cinema brasileiro, sempre seguida de conversa com os participantes da sessão. As exibições integram uma programação complementar à disciplina ?Cinema Brasileiro?, que Esteves oferece no primeiro semestre da graduação em Cinema & Audiovisual.

Sobre ?A Rainha Diaba?

O enredo de ?A Rainha Diaba? gira em torno da personagem homônima (interpretada por Milton Gonçalves), marginal homossexual que - do quarto de um bordel onde mora - controla o crime organizado. Ora afetuosa, ora irascível, a personagem suscita medo e respeito entre as pessoas que a rodeiam. O ponto de partida é a tentativa de Diaba fabricar um novo bandido na região, para posteriormente transformá-lo em bode expiatório dos crimes cometidos por seu amante, que está sendo procurado pela polícia. Catitu (Nelson Xavier), homem de confiança de Rainha, encontra o alvo ideal: o gigolô Bereco (Stepan Nercessian), que vive sustentado por uma mulher mais velha, a cantora de cabaré Isa (Odete Lara). O roteiro do filme foi construído por Antônio Carlos da Fontoura a partir de um argumento do dramaturgo Plínio Marcos (1935-1999).

[caption id="attachment_24921" align="alignleft" width="355"]Antônio Pitanga em imagem de ?Di?, de Glauber Rocha Antônio Pitanga em imagem de ?Di?, de Glauber Rocha[/caption]

?Por desejo ou premonição, o autor Antônio Carlos da Fontoura e seu argumentista, Plinio Marcos, captaram muito bem o estado de coisas de um Estado que, por ditatorial, se constitui como organização criminosa. O interesse atual do filme procede, no mais, justamente da diferença com os filmes feitos no país depois de 1990, que procuram aplainar as contradições e construir um terreno de harmonia. É das cores contrastantes de "Rainha Diaba" que vem em grande parte a percepção de que o conflito não é ocasional, ele é a própria essência desse mundo (o descrito e o mundo em geral). Mas não só delas: a inquietude da câmera, a luz muito seca de José Medeiros - tudo contribui para colocar em relevo as contradições?. (Inácio Araújo. Folha de São Paulo. 08/10/2004)

Sobre ?Di?, de Glauber Rocha

Filmado em outubro de 1976, logo após o retorno de Glauber dos Estados Unidos, o documentário, cujo título original, tirado de um poema de Augusto dos Anjos, era ?Ninguém Assistirá Ao Enterro Da Tua Última Quimera, Somente A Ingratidão, Aquela Pantera, Foi Sua Companheira Inseparável!?, ficou conhecido como ?Di Cavalcanti Di Glauber?, ou apenas ?Di?, e recebeu o Prêmio Especial do Júri do Festival de Cannes, em 1977, que foi presidido pelo cineasta Roberto Rosselini, amigo do pintor. A primeira exibição do filme no Brasil foi em 11 de março de 1977, na Cinemateca do MAM, no Rio de Janeiro, quando foi distribuído o texto ?Di (Das) Mortes?, em que Glauber afirmava: "Filmar meu amigo Di Cavalcanti, morto, é um ato de humor modernista-surrealista que se permite entre artistas renascentes: Fênix/Di nunca morreu." O lançamento oficial aconteceu em 11 de junho de 1979, no Rio, quando sua exibição foi proibida pela justiça, a pedido da filha do pintor, Elizabeth, que considerou o trabalho desrespeitoso à imagem de seu pai.

Sobre as próximas exibições do projeto

?Cinema brasileiro: um percurso alternativo sobre a história? - As exibições do projeto ?Cinema brasileiro: um percurso alternativo sobre a história? terão uma pausa enquanto durar o período de férias docentes na Universidade Federal de Mato Grosso (25 de julho a 18 de agosto). O projeto retorna no dia 23 de agosto, com a exibição de ?Vereda tropical? (RJ, 1977, cor, 25?), de Joaquim Pedro de Andrade, e de ?Oh que delícia de patrão? (RJ, 1974, cor, 100?), de Alberto Pieralise. Não perca!

Sobre a Sala Névio Lotufo do Cineclube Coxiponés

As exibições do projeto ?Cinema brasileiro: um percurso alternativo sobre a história? acontecem na Sala Névio Lotufo do Cineclube Coxiponés. A sala fica dentro do Cineclube, que está localizado nas imediações do Centro Cultural da UFMT e pode ser acessado pelo bosque e vias no entorno da Adufmat ou pela entrada nas proximidades da Caixa Econômica Federal da Rua 1 do Bairro Boa Esperança. Mais informações: (65) 3615-8349.

Serviço: O quê: Exibição de "A Rainha Diaba" (Rio de Janeiro, 1974, cor, 100 minutos), de Antônio Carlos da Fontoura, e de "Di? (Rio de Janeiro, 1977, cor, 15 minutos), de Glauber Rocha. Quando: Quarta-feira, 18 de julho, às 19h. Onde: Sala Névio Lotufo do Cineclube Coxiponés. Classificação indicativa: Livre. Entrada Gratuita. Mais informações: (65) 3615-8349.

    Informações da Assessoria Cineclube Coxiponés
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