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20/10/2018 às 22:21

Delator Alan Malouf poderá pegar 15 anos de pena

Sandra Costa

O empresário Alan Malouf, delator do esquema de Caixa 2 na campanha do atual governador Pedro Taques (PSDB), poderá ter condenação de até 15 anos de reclusão, cumprido de forma diferenciada. É o que consta no acordo de sua delação premiada, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que teve o sigilo do processo quebrado nesta semana.

Alan acordou com a Justiça que dos 15 anos de condenação, sete meses seriam em regime fechado diferenciado, com prisão domiciliar e utilização de monitoramento eletrônico, sendo que, deste período, poderá ser detraído o período que o Alan esteve preso e com restrição cautelar domiciliar. Já um ano e cinco meses seriam cumpridos no regime semiaberto diferenciado, com monitoramento eletrônico constante, não podendo se ausentar entre 00:00 e as 8 horas nos dias úteis e com recolhimento domiciliar integral nos finais de semana e feriados. Por fim, os restantes 13 anos a serem cumpridos no regime aberto diferenciado sem tornozeleira eletrônica e tendo que comparecer em juízo uma vez por mês.

Para a manutenção do acordo, Alan Malouf não poderá manter contato com os demais acusados e investigados e nem, durante o cumprimento da pena, ocupar cargo comissionado e/ou cargo de direção na administração direta ou indireta.

O delator ainda pagará a quantia de R$ 5,5 milhões a título de multa e indenização por danos morais. Para parte desse pagamento, Alan ofertou dois imóveis, que totalizam o valor de R$ 3,38 milhões.  Já o restante do pagamento foi dividido em 10 parcelas de R$ 212 mil.

ESQUEMA - A homologação da delação premiada de Alan Malouf com o Ministério Público Federal (MPF) aconteceu no dia 19 de abril deste ano. O objetivo é obter mais provas contra os investigados na Operação Rêmora, que foi realizada pelo Ministério Público Estadual.

A investigação apontou a arrecadação de recursos junto a empresários para a campanha eleitoral de 2014 de Pedro Taques, atual governador, além de formação de caixa 2, ou seja, doação de dinheiro que não foi declarada de forma oficial. Em contrapartida, os empresários receberiam benefícios fiscais junto ao Governo e celebração de contratos legais ou não junto ao Governo do Estado.

Malouf ainda disse que o governador tinha conhecimento do esquema, chegou a se reunir com o ex-governador preso, Silval Barbosa e que os esquemas de fraudes aconteceram na Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), quando esteve como secretário da pasta, Permínio Pinto, que também foi preso na operação Rêmora e teria sido uma indicação do deputado federal Nilson Leitão (PSDB).

 

Direto da Redação, Sandra Costa

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