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25/10/2018 às 14:57

Definir bem as causas é a melhor estratégia de combate à calvície

Redação Leiagora

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a Alopecia ? queda ou diminuição dos cabelos - está entre as dez reclamações mais frequentes nos consultórios dermatológicos de adolescentes a partir dos 15 anos e adultos até 40 anos. Paralelamente, também tem crescido a procura por tratamentos para combater ou mesmo minimizar seus efeitos.

De acordo com pesquisa realizada no primeiro semestre deste ano pela Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar (ABCRC) entre médicos associados, de cada 10 pacientes que passam por uma restauração capilar, 9 são homens e 1 é mulher em 65% dos casos. O estudo revelou também que, de 2016 para 2017, a procura por cirurgia em mulheres aumentou em até 10%.

Quer dizer, é um problema que atinge tanto homens como mulheres e o impacto é grande na autoestima das pessoas, especialmente hoje em dia. Em tempos de febre por selfies, a relação com os cabelos tem se tornado cada vez mais importante para ambos. Afinal, como se diz, o ?cabelo é a moldura do rosto?. No afã de tentar reverter o problema, as pessoas podem recorrer a tratamentos que podem não ser os mais adequados e eficientes.

É preciso ter em mente que existem diferentes causas e também diferentes soluções, alerta o cirurgião plástico Victor Albuquerque. Ele explica que, antes de mais nada, é preciso uma boa conversa com o médico e fazer uma série de exames. Um deles é feito com o Tricoscópio Digital, que aumenta a imagem em 50 vezes e permite ao médico ver em detalhes o couro cabeludo, identificando doenças como dermatite, lesões e a quantidade de unidades foliculares.

Além do local, muitas vezes é necessário saber como anda a saúde da pessoa de uma maneira geral. Victor cita como exemplo a Alopecia Androgenética (AAG), a mais comum em ambos os sexos. ?De maneira geral 50% dos homens em algum momento da vida vão experimentá-la. É a causa principal da calvície do homem e hoje se sabe que é a principal também na mulher. Ela tem um componente androgênico, ou seja, hormonal, e um componente genético, que é herdado?, informa. O componente hormonal é a testosterona, que é convertida num outro subproduto hormonal, a di-hidrotestosterona (DHT) através da enzima 5-alfa-redutase, cujo efeito é a miniaturização dos fios.

Só que nem sempre o maior vilão é a Alopecia Androgenética. ?A consulta é fundamental porque existem doenças do couro cabeludo, doenças metabólicas de maneira geral, tireoide, problemas hormonais e outros que podem gerar a perda de cabelo. Então a pessoa tem que passar por um exame clínico para descobrir se o que ela tem é realmente calvície?, reforça. Podemos perder os cabelos ainda por conta de cicatrizes, por reação a medicamentos ou tratamentos, traumas como queimaduras ou ressecção de tumores, cada um deles demandando uma estratégia de ação do especialista, acrescenta.

?É por isso que uma consulta relacionada aos cabelos acaba sendo demorada. As pessoas chegam ao consultório com muitos mitos e dúvidas, perguntam bastante, o que é extremamente salutar?, diz Victor. A análise deve ser feita caso a caso, por uma equipe multidisciplinar. ?Em minha equipe conto com três dermatologistas parceiras?, salienta o cirurgião plástico, que se especializou e vem estudando transplante capilar desde 2016.

Victor Albuquerque é cuiabano, formado em Medicina pela Universidade de Cuiabá (Unic). Tornou-se Cirurgião Geral num dos mais conceituados e concorridos serviços de cirurgia geral do país, o Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE). Foi aprovado no concurso de residência médica de Cirurgia Plástica no Hospital Geral de Vila Penteado, também na capital paulista, onde concluiu sua formação médica. Tornou-se especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e atuou como Observer Fellow em Cirurgia Plástica Facial no Stanford Hospital and Clinics de Palo Alto, nos Estados Unidos.

Direto da assessoria

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