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Notícias / Agro e Economia

30/10/2018 às 20:28

Economia terá superministério; Meio Ambiente e Agricultura serão unidos

Redação Leiagora

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), decidiu criar o superministério da Economia. Ele ainda vai unir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente.

A nova pasta da Economia reunirá os atuais ministérios da Fazenda, do Planejamento e do Mdic (Indústria, Comércio Exterior e Serviços) e será comandada pelo economista Paulo Guedes.

Após pressão do setor industrial, Bolsonaro chegou a descartar a inclusão do Mdic no superministério. Mas voltou atrás, o que foi comemorado por Guedes. "Nós vamos salvar a indústria brasileira, apesar dos industriais", disse. Ele ficou irritado ao ser questionado sobre a mudança de plano para a superpasta.

A proposta de junção consta do plano de governo apresentado por Bolsonaro à Justiça Eleitoral. O anúncio de sua criação foi feito nesta terça-feira (30) por ele e Onyx Lorenzoni, futuro chefe da Casa Civil, após a primeira reunião para tratar da transição de governo.

O encontro foi realizado na casa do empresário Paulo Marinho, no Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro.A CNI (Confederação Nacional da Indústria) emitiu nota contra a decisão. A entidade disse que a indústria precisa de ministério próprio.

Segundo Guedes, porém, a fusão dos ministérios da Fazenda e Indústria tem um objetivo: reduzir a carga tributária de forma sincronizada com uma política de abertura comercial do Brasil.

O futuro ministro afirmou que essa abertura deverá ser gradual para não prejudicar a indústria, que, em sua avaliação, está entrincheirada, tentando se proteger da competição externa com a ajuda de incentivos e subsídios do governo federal."Quem tem lobby consegue desoneração e quem não tem vai para o Refis [programa de renegociação de dívidas tributárias]", disse Guedes.

A redução da carga tributária e a simplificação dos impostos teria como objetivo interromper esse círculo vicioso e permitir o ganho de competitividade por meio da abertura comercial, de acordo com Guedes.

"Não vamos fazer uma abertura abrupta para prejudicar a indústria brasileira. Ao contrário, vamos retomar o seu crescimento com juros baixos, reformas fiscais e desburocratização", disse.

"A razão do Ministério da Indústria e Comércio estar próximo da economia é justamente para isso. Não adianta a turma da Receita ir baixando os impostos devagar, e a turma da indústria abrir muito rápido. Isso tudo tem de ser sincronizado, com uma orientação única", afirmou Guedes.

Em relação à superpasta, o futuro ministro disse que ainda não começou a tratar de nomes para chefiar as estatais. Guedes afirmou que não convidou quadros que estão no governo Michel Temer para ficar na nova gestão.

Mansueto de Almeida, secretário do Tesouro, e Marcos Mendes, secretário especial da Fazenda, são cotados para permanecer.Sobre a subvenção do diesel, Guedes afirmou que uma opção foi elaborada, mas ainda não deu tempo de levá-la ao presidente eleito.

Direto do Rio de Janeiro, RJ(Folhapress)

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