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15/11/2018 às 07:00

?Se eu tenho que esperar o SUS, isso nem em três anos vai acontecer?, diz vítima de erro médico

Rafael Costa

O que esperar do SUS - Sistema Único de Saúde? O senhor Tarcisio Breno Bracht, de 64 anos de idade, busca apenas terminar uma luta que começou há quase três anos quando fez uma cirurgia na cidade de Sinop (500 km de Cuiabá-MT), para corrigir uma fratura na base do fêmur. Tarcisio conversou com o Portal Leiagora e contou um pouco da sua trajetória em busca de uma nova cirurgia que possa lhe devolver os movimentos.

Passei por uma cirurgia na cidade de Sinop após sofrer uma fratura na base do femur, por meio do SUS. Passei mais de trinta dias internado aguardando a cirurgia, daí quando fui operado, os responsáveis pela cirurgia deixaram a prótese solta. Tive que voltar ao hospital, retirar a prótese e curar uma infecção que adquiri por conta do procedimento. Agora busco uma nova cirurgia aqui em Cuiabá?, resumiu Tarcisio.

De acordo com o paciente, que aguarda há quase três anos por uma nova cirurgia, ele busca na cidade de Cuiabá uma nova oportunidade para ser operado. ?Em Janeiro agora completa três anos que estou nessa luta. Só consigo me locomover por meio de muletas e cadeira de roda. O material utilizado na minha primeira cirurgia foi o mais barato que existe no mercado. De acordo com o médico que me atendeu na época, o resultado do procedimento mal sucedido foi culpa dos aparelhos utilizados. Mas eu pergunto, se isso for verdade, é uma outra comprovação da péssima qualidade no atendimento naquele local. Se o aparelho não estava funcionando como deveria, não podia ser usado em cirurgia nenhuma?, disse.

Bracht conta que hoje sua busca é por uma cirurgia que use ?prótese internacional e de boa qualidade?, procedimento que deverá lhe proporcionar uma melhor mobilidade e independência. ?Uma vez que falta qualidade no atendimento, além de prejudicar diretamente a vida dos pacientes, é mais custos aos cofres públicos. É preciso ter fiscalização na área da saúde, caso contrário, eles vão pagar muitas cirurgias à toa?.

Por estar tanto tempo na fila de espera, Bracht, que busca resolver seu problema de saúde em Cuiabá, explica que se fosse preciso esperar a regulação da cidade de Sinop, ele esperaria muito mais de três anos. ?Em Cuiabá o atendimento é muito melhor, mas não deixa de ser demorado. Estou aqui a quase 30 dias e estou hospedado na casa da dona Rita, que me dá todo o suporte que eu preciso?. A ?dona Rita?, que Tarcisio se refere, é uma senhora que ganha a vida ajudando pessoas na área da saúde.

A vida longe de casa é um dos sacrifícios apontados por Bracht, que deixou sua esposa na cidade de Sinop. ?Sou casado e minha mulher está sozinha em Sinop. Eu tenho um filho, mas ele me abandonou aqui. Praticamente eu deveria sustentar a casa, mas hoje quem arca com todas as despesas é a minha mulher, que ganha algo em torno de R$ 100 por mês, dinheiro que mal dá para a gente sobreviver. Tento honrar meus compromissos com a ajuda dos meus irmãos. Tento receber o benefício do Auxílio Doença, mas o imbróglio neste caso chega a ser pior que o SUS?, finaliza o senhor Tarcisio.

O Portal Leiagora está em contato direto com a senhora Rita Xavier, a ?dona Rita? citada por Tarcisio e irá acompanhar de perto sua trajetória. A proposta do Panorama da Saúde é concluir e buscar das autoridades soluções que visem melhorar a qualidade de vida de toda a sociedade.

https://www.youtube.com/watch?v=uYPqkiavY90&feature=youtu.be

Direto da Redação, Bruno Barreto

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