Um temporal com fortes ventos atingiu o Rio na noite desta quarta-feira (6), causou alagamentos, quedas de árvores, deixou bairros sem luz e acionou sirenes de alerta em áreas de risco nas comunidades. A prefeitura decretou estágio de crise por volta de 22h e recomenda aos cariocas não saírem de casa.

Um dos bairros mais atingidos foi o Vidigal, na zona sul, onde ruas viraram córregos e carros foram arrastados. Um vídeo publicado nas redes sociais mostra o Hotel Sheraton, na Av. Niemeyer, totalmente alagado. Turistas passam em meio a poltronas boiando. Em outro vídeo, o Shopping Leblon em estado crítico.

Árvores caíram e cortes de energia ocorreram nas principais avenidas, como a Voluntários da Pátria, em Botafogo. O prefeito, Marcelo Crivella orientou que os moradores não retirassem seus carros da garagem, não transitassem pelas ruas até que o estado de crise fosse amenizado. Até o momento da reportagem do Leiagora, foram registradas 64 quedas de árvores,  17 bolsões de água e um ônibus foi lançado contra uma ciclovia. Existem 600 profissionais trabalhando para amenizar o quadro.

De acordo com o Corpo de Bombeiros do Rio, houve ao menos três deslizamentos na cidade: na Rocinha, na zona sul, em Inhaúma, na zona norte, e em Pedra de Guaratiba, na zona oeste. Houveram ao menos duas vítimas fatais, de acordo com a Defesa Civil. Uma na Rocinha  em um deslizamento, outra em Pedra de Guaratiba, no desabamento de uma casa).

A Rocinha foi uma das comunidades que foram alertadas do perigo da tempestade. Sirenes tocaram também na região de Sítio do Pai João, na zona oeste. Na estação de medição do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) no Forte de Copacabana os ventos chegaram a 110 km. A força da ventania derrubou também os cabos que sustentavam o teleférico do Alemão, na zona norte.

A chuva ainda interrompeu a circulação de ônibus articulados no sistema BRT (Bus Rapid Transit), nos corredores Transoeste e Transcarioca. Alagamentos, carros e árvores bloqueiam o tráfego nos corredores exclusivos.

Direto da Redação, Iury Lupaudi com informações e edição da Folhapress e Rio de Janeiro