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09/04/2019 às 13:25

'Nós falhamos', diz Crivella sobre atuação da prefeitura na chuva do Rio

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'Nós falhamos', diz Crivella sobre atuação da prefeitura na chuva do Rio

Foto: folha.uol.com.br

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), reconheceu nesta terça-feira (9) que sua gestão falhou ao não se antecipar às chuvas de segunda (8) para evitar o alagamento nas ruas da cidade, principalmente na zona sul.

Crivella disse que as equipes da Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana) e equipamentos para desobstruir a rede pluvial saíram apenas no meio da tarde para as ruas. Segundo o prefeito, eles ficaram presos no trânsito e não chegaram às áreas mais críticas.

"Tínhamos combinado que, em momentos assim, deixaríamos equipamentos e equipe da Comlurb nos locais em que achávamos que haveria mais chuva. Nisso nós falhamos. Atrasamos. Quando fomos, por volta das 15h, 16h, o engarrafamento já estava se formando e atrasamos. Teremos que ir de manhã na próxima chuva", afirmou o prefeito.

O aviso sobre as chuvas da Defesa Civil municipal foi emitido por volta das 14h. Ao menos quatro pessoas morreram em decorrência das chuvas. Um dos casos ocorreu em razão dos alagamentos na Gávea. Os bombeiros foram acionados às 22h para a rua Marquês de São Vicente para retirar um homem supostamente afogado, que se encontrava preso debaixo de um carro.

Outras duas mulheres morreram soterradas em u​m deslizamento de terra no Morro da Babilônia, na zona sul. Uma quarta vítima fatal foi anunciada por volta das 13h30 desta terça. Um homem morreu eletrocutado em Santa Cruz, na zona oeste da cidade. Ele foi encaminhado para uma UPA, mas não sobreviveu.

Crivella disse que decidiu mudar o protocolo para antecipar o envio de equipes para as ruas. O prefeito também atribuiu os alagamentos ao horário em que a chuva caiu de forma mais intensa, entre 18h e 19h. Este é o horário em que a Comlurb começa a recolher o lixo das ruas com seus caminhões.

Durante a madrugada foram registrados 45 pontos de alagamento e oito quedas de árvores. A Defesa Civil acionou 39 sirenes em 20 comunidades da cidade. "A gente estava esperando chuva forte, mas não de tamanha intensidade e concentrada em um lugar só", afirmou o prefeito Marcelo Crivella (PRB) em vídeo.

Por causa do temporal, Crivella anunciou a suspensão das aulas nas escolas da rede pública municipal nesta terça-feira (9). O governador Wilson Witzel também decretou ponto facultativo nas repartições estaduais da região metropolitana da capital fluminense. As aulas nos turnos da tarde e da noite na rede estadual também foram canceladas. O decreto com a decisão será publicado ainda nesta terça, segundo o governo estadual. 

De acordo com o Centro de Operações Rio, foram interditados a avenida Niemeyer em ambos os sentidos, o Alto da Boa Vista, o túnel Rebouças sentido Lagoa, a avenida Ayrton Senna nos dois sentidos e as avenidas Borges de Medeiros e Epitácio Pessoa, as duas na Lagoa.

No início da madrugada, foram interditadas também a avenida Embaixador Abelardo Bueno, Mergulhão Billy Blanco, rua Jardim Botânico e as avenidas Oswaldo Cruz e Armando Lombardi. A prefeitura confirmou a queda de mais um trecho da ciclovia Tim Maia, na altura do número 550 da Avenida Niemeyer, na zona sul, próximo ao Hotel Nacional.

Foram registradas chuvas muito fortes em estações de monitoramento nas zonas oeste e sul, em bairros como Recreio, Barra da Tijuca e Jacarepaguá. No Jardim Botânico, pessoas foram resgatadas em botes pelos bombeiros.

A água encobriu parte de carros, derrubou árvores e paralisou o trânsito. Segundo a prefeitura, em algumas localidades choveu em quatro horas mais do que o esperado para o mês.

 
Direto do Rio de Janeiro, Italo Nogueira/Folhapress
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