O governador Mauro Mendes (DEM) disse, nesta terça-feira (28), que não fará ‘nada’ quanto às ameaças de greve de outras categorias de servidores públicos do Executivo.
“Vou dizer a mesma coisa para outras categorias. Quer que eu faça o que? Conceda aumento? Daí sim, ficará um caos maior”, comentou, durante o 15º Encontro Nacional de Inteligência Fiscal, que ocorre no hotel Deville Prime, em Cuiabá.
A ameaça de greve de outras categorias se dá após os profissionais da Educação paralisarem as atividades nesta segunda-feira (27). Os professores e outros funcionários da pasta reivindicam o chamamento de concursado para as vagas livres, cumprimento da Lei nº 510/2013 e pagamento dos restos a pagar da RGA de 2018 para assegurar Lei da Dobra do Poder de Compras dos profissionais.
Mendes propôs que os representares das classes de servidores conheçam os números juntamente com o secretário de Fazenda, Rogério Gallo. “Se alguém acha que tem dinheiro, é só sentar com o Gallo e ver os números. Não é questão de querer, mas de poder”, disse.
Falta diálogo
O governador alega que, na última semana, teve duas reuniões com os profissionais da Educação. “Lamento profundamente, pois estamos em um momento em que Mato Grosso está se recuperando. Temos viaturas paradas, tivemos décimo terceiro atrasado, 11 mil fornecedores sem receber e caos na Saúde. Tudo isso mostra a situação financeira do Estado. O que mais precisa para mostrar que estamos tendo diálogo? ”, comentou.
Conforme Mendes, só o aumento na Educação elevaria a folha salarial em R$ 200 milhões. “O que temos hoje é insuficiente para pagar a dívida do mês. A luta dos professores é justa, mas temos que lembrar que eles têm o terceiro melhor salário do país”, conta.