Os preços dos contratos futuros de petróleo operam em alta ainda como reflexo do forte relatório de emprego divulgado nos Estados Unidos na sexta-feira e também impulsionado pelos riscos geopolíticos, especialmente envolvendo o Irã. O mercado de trabalho norte-americano se recuperou em junho, com a criação de 224 mil vagas - o maior nível em cinco meses - sugerindo que a forte desaceleração na contratação em maio foi provavelmente pontual.
Além disso, as cotações recebem alguma sustentação das tensões envolvendo o Irã, que voltou a enriquecer urânio acima dos níveis permitidos pelo acordo nuclear de 2015. Um porta-voz da agência de energia atômica iraniana disse que o país começou a enriquecer urânio em 4,5% na manhã de hoje, segundo a mídia estatal, acima da pureza de 3,67% prevista no pacto.
"Não acredito que a sessão se hoje será marcada por volatilidade a menos que o Irã agite o mercado ou haja novidades nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China", disse o analista da FX Empire, James Hyerczyk. "Até que seja divulgado o relatório de estoque de petróleo dos Estados Unidos pelo API, amanhã à noite, não enxergamos turbulências no mercado", acrescentou.
No caso de Estados Unidos e China, as negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo devem ser retomadas nos próximos dias. A troca de tarifas entre os dois países tem impactado negativamente o preço do petróleo diante de temores de desaceleração da economia global e, consequentemente, uma demanda menor pela commodity.
Por volta de 11h33 (de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex e com entrega para agosto subia 1,16%, cotado a US$ 58,18 o barril Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE com entrega para setembro avançava 0,80%, cotado a US$ 64,75 o barril.
Direto de Porto Alegre, Agência Safras
