O secretário de Saúde do Estado, Gilberto Figueiredo, em visita ao Hospital Estadual Santa Casa, nesta quarta-feira (17), juntamente com a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa anunciou que o compromisso do governo federal com a instituição será de R$ 10 milhões ao mês. Ainda, os demais gastos com limite de até R$ 5 milhões serão custeados pelo governo de Mato Grosso.
“O custo mensal para manter o hospital será em torno de R$ 13 a R$ 15 milhões. O compromisso do Ministério da Saúde é de repassar R$ 10 milhões e o restante dos gastos será do Estado”, explicou.
Com a reforma, conforme Figueiredo, foram gastos R$ 1,5 milhão com recurso próprio. Quanto as dívidas existentes com fornecedores, ele lembra que foi criado um ‘novo’ hospital.
“A Santa Casa é quem responde pelas terceirizadas. Não temos débito com nenhuma empresa. Nós licitamos e contratamos as empresas para a administração estadual”, contou.
O secretário diz ainda que já foram contratados 255 funcionários das áreas de enfermagem, administrativa, fisioterapia, nutrição clínica, maqueiros, psicologia e assistente social. Desse total, 101 eram funcionários da antiga Santa Casa.
Depois da conclusão dos procedimentos, o hospital iniciará suas atividades com atendimentos nas áreas de Oncologia (tratamento de câncer), Nefrologia (hemodiálise), UTI Adulto, Pediátrica e Neonatal, Pronto Atendimento Infantil, cirúrgias pediátricas e cirurgia geral (para intercorrências das UTIs).
Ofertará também Serviços de Apoio e Diagnóstico Terapêutico (SADT) como Tomografia, Raio-X, Ultrassonografia, Densitomestria Óssea, Cateterismo, Ressonância para crianças, hemoterapia, exames laboratoriais clínico e de anátomo-patológico (usado para o diagnóstico preciso de doenças), Cardiologia, Vascular, Ortopedia Pediátrica, Neurocirurgia Pediátrica e cirurgias gerais de média complexidade.
A equipe de regulação do Estado já iniciou o processo de planejamento para realização das primeiras cirurgias. Além disso, as UTIs já estarão com 100% da sua capacidade em operação.
A estimativa, de acordo com o secretário Gilberto Figueiredo, é que além das cirurgias já previstas de alta complexidade, serão realizadas em torno de 180 cirurgias por mês, de média e baixa complexidade.
O hospital contará com 242 leitos, sendo 30 leitos de UTI (11 leitos de UTI Adulto), 10 leitos de UTI Pediátrica e 09 leitos de UTI Neonatal), 22 leitos de Pronto Atendimento infantil, 61 leitos de pediatria (clínica e cirúrgica) e 129 leitos de internação adulta (clínica e cirúrgica).
O centro cirúrgico possui parque tecnológico moderno com 10 salas de cirurgias e 10 leitos de recuperação pós anestésica (RPA).
Presidente da Comissão de Saúde, deputado Paulo Araújo (PP), lembra que antes o hospital atendia parcialmente pacientes do SUS, e agora, será 100%. "É aquilo que precisavamos na rede pública porque o estado tem deficiência de 3 mil leitos. São mais mais 242 leitos que irão integrar o SUS e quem ganha é a população", concluiu.
O governador Mauro Mendes (DEM) inaugura o hospital no próximo dia 23 de julho e contará com a presença do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
