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Notícias / Política

21/07/2019 às 16:00

Para Bolsonaro, quem sente 'solidão do poder' não tem lealdade com o povo

Leiagora

Para Bolsonaro, quem sente 'solidão do poder' não tem lealdade com o povo

Foto: Divulgação

Em culto evangélico, o presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (21) que não tem sentido a chamada "solidão do poder", sensação descrita por mandatários de diferentes países por conta do isolamento causado pelo cargo.

No discurso feito a uma plateia de fiéis, ele disse que seus antecessores no Palácio do Planalto sofreram do sentimento porque tinham "descompromisso com a lealdade ao povo brasileiro" e se afastaram "do nosso criador".

"Ouvi dos que me antecederam que, logo nas primeiras semanas que assumiram o cargo, começaram a sentir a solidão no poder. O que posso dizer de mim é que acredito que essa solidão venha por dois motivos: pelo descompromisso com a lealdade ao povo brasileiro e pelo afastamento do nosso criador", ressaltou.

Apesar da declaração, o presidente repete desde que assumiu o cargo que se sente como um "prisioneiro sem tornozeleira eletrônica", em uma referência ao grande aparato de segurança e às limitações de deslocamento na capital federal.

Na mesma cerimônia, Bolsonaro reconheceu que o país tem problemas, mas que ele tem uma vontade de acertar. Segundo ele, a população brasileira confiou nele para uma "difícil missão" e Deus capacita aqueles que são "escolhidos".

Após o culto religioso, o presidente levou a primeira-dama Michelle Bolsonaro e a sua filha mais nova, Laura, a uma galeteria. Na entrada, voltou a reclamar que a imprensa distorce suas declarações públicas.

Bolsonaro saiu em defesa do porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, que foi criticado pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e pelo deputado federal Marco Feliciano (Pode-SP) por promover cafés da manhã do presidente com jornalistas.

"Ele [Rêgo Barros] é uma pessoa que tem tratado com muito zelo e muita preocupação. Ele ajudou a me convencer a fazer esses cafés", disse o presidente.

No último encontro, na sexta-feira (19), com correspondentes estrangeiros, Bolsonaro afirmou que dizer que alguém passa fome no Brasil "é uma grande mentira", chamou os governadores do Nordeste de "paraíbas" e atacou a jornalista Miriam Leitão.

Bolsonaro disse que, apesar de a maioria das pessoas recomendar a ele que não faça mais encontros, ele continuará a promovê-los.

"Muita gente fala contra ou a favor. A maioria fala contra, está beirando a unanimidade falar contra", disse. "Para mim, está mantido. Apesar de alguns chatos de vocês [jornalistas], a gente suporta", ressaltou.

Sobre a indicação do próximo procurador-geral da República, Bolsonaro afirmou que todos os nomes estão sendo levados em conta por ele na indicação ao sucessor de Raquel Dodge, cujo mandato vai até setembro e pode ser reencaminhada ao cargo.

O presidente afirmou no sábado (20) que deve tomar uma decisão até o dia 17 de agosto. Assim, haveria prazo suficiente para que a pessoa escolhida seja sabatinada pelo Senado.
Direto de São Paulo, Folhapress
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