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09/08/2019 às 16:08

'Prisão na 'Grampolândia Pantaneira' serve para qualquer um, se comprovada participação'

O representante da Amam, se refere a uma investigação que apontou suspeitas de que procuradores federais do Gaeco de Mato Grosso realizaram escutas ilegais para investigar diversas autoridades.

Fernanda Leite

'Prisão na 'Grampolândia Pantaneira' serve para qualquer um, se comprovada participação'

Foto: Assessoria

Presidente da Associação Mato-grossense dos Magistrados (Amam), o juiz Tiago Abreu, disse que as declarações sobre as possíveis prisões que podem ocorrer se referem a qualquer cidadão envolvido no escândalo conhecido como “Grampolândia Pantaneira”, mas se comprovada o envolvimento do mesmo.  Ele garante respeitar os trabalhos realizados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Abreu encaminhou uma nota na tarde desta sexta-feira (9), para rebater uma notícia veiculada nacionalmente em que ele supostamente revela: “primeira prisão em massa de promotores pode ocorrer em MT”. A afirmação foi feita em mensagem de áudio enviada por Abreu a um magistrado de Brasília.

Na mensagem, enviada por celular, Abreu comenta críticas que a senadora Juíza Selma (PSL-MT) fez às investigações sobre o Gaeco estadual. Após chamar a fala da parlamentar de "antiética", Abreu diz que uma "organização criminosa" se instalou no órgão do Ministério Público. 

O representante da Amam, se refere a uma investigação que apontou suspeitas de que procuradores federais do Gaeco de Mato Grosso realizaram escutas ilegais para investigar diversas autoridades.

“Se ficar constatada esta intempérie acredito que teremos muitas prisões e isto irá despertar uma reorganização, uma restruturação de todo o aparato que hoje é montado com a finalidade de desbaratar o crime organizado”, diz ele por meio de nota.
 
Para a senadora, há uma perseguição aos procuradores de Mato Grosso semelhante à que estaria ocorrendo, no seu entender, com os participantes da Lava-Jato.
 
Leia nota
 
A Associação Mato-grossense de Magistrados (AMAM) vem a público esclarecer que as declarações dadas pelo presidente da entidade, juiz Tiago Abreu, sobre possíveis prisões se referem a qualquer cidadão envolvido no escândalo conhecido como “Grampolândia Pantaneira”. Desde que, óbvio, comprovada a sua participação.
 
O magistrado tem reiterado tal observação todas as vezes em que é questionado sobre o caso, o que se torna, portanto, uma declaração pública, sem quaisquer intenções outras que não a de analisar qual seria a postura comum do Poder Judiciário.
 
Em entrevista concedida esta semana a uma emissora de rádio da Capital, o juiz Tiago Abreu chegou a comentar o caso, afirmando: “se ficar constatada esta intempérie acredito que teremos muitas prisões e isto irá despertar uma reorganização, uma restruturação de todo o aparato que hoje é montado com a finalidade de desbaratar o crime organizado”.
 
O magistrado defendeu a postura do Poder Judiciário na condução do processo e acredita que, comprovando-se tudo que vem sendo falado até o momento nas audiências pelos envolvidos no caso em questão, este será um dos maiores atentados à democracia dentro do Estado Democrático de Direito desde a sua redemocratização.
 
O presidente da entidade ainda faz questão de parabenizar a atuação dos magistrados envolvidos nos processos da “Grampolândia Pantaneira”, que conduzem as ações de maneira célere e respeitando todas as normas processuais.
 
A AMAM reitera o respeito ao Ministério Público e o trabalho do Gaeco, que muito já contribuiu no combate ao crime organizado, e reconhece o importante trabalho realizado por seus membros ao longo dos anos junto a sociedade mato-grossense.
 
A entidade reforça que está vigilante na defesa e manutenção do respeito ao Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso.
 
 
 
 
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