Cuiabá, sexta-feira, 26/04/2024
02:50:26
informe o texto

Notícias / Política

20/08/2019 às 15:56

Permínio juntava propina para disputar Prefeitura de Cuiabá; Leitão não sabia de esquema

Segundo ele, o esquema foi criado para quitar dívidas de campanha do então governador Pedro Taques (PSDB).

Fernanda Leite

Permínio juntava propina para disputar Prefeitura de Cuiabá;  Leitão não sabia de esquema

Foto: Reprodução internet

O ex-secretário de Educação, Permínio Pinto, em depoimento à juíza Ana Cristina Mendes, nesta segunda-feira (19), isentou o ex-deputado federal Nilson Leitão de participação no esquema de fraudes em obras de reforma e construção de escolas que resultou a Operação Rêmora.

Permínio foi indagado pela magistrada se ele captava propina para o ex-deputado ao qual era muito ligado. “Na minha delação tem um anexo sobre isso, que trata desse assunto. Na Rêmora, isso é um equívoco, é uma fantasia dizer que ele teve participação. Eu representava a mim mesmo, pois, eu tinha necessidade de me desmamar de qualquer liderança, eu trabalhei para ser o candidato a prefeito de Cuiabá”, narrou o ex-secretário.

Conforme Permínio ocorreu um pré-julgamento por causa de sua ligação com Leitão. “A senhora vai ter acesso a isso na Rêmora. Pelo fato de eu ter uma ligação estreita com ele [Nilson], as pessoas deduzem que ele teria participação. Na minha delação eu explico sobre uma conta corrente em que eu devia alguns valores a ele, e pode ser que eu tenha feito algum compromisso que era dele e não meu. Eu não dividia nada com ele. Se [Leitão] ouviu algo, foi de boca de terceiros”, contou o delator.

Questionado sobre sua indicação para assumir a pasta da Educação, o ex-secretário afirma que não somente Leitão o havia indicado, mas Guilherme e Marcelo Maluf, assim como a direção do PSDB.

Ele jurou que não se importava com o percentual de proprina definido pelo empresário Giovani Guizardi, mas queria receber o valor de  R$ 30 mil/mês. Como secretário ele recebia, o valor de R$ 13 mil líquido e a diferença era paga em propina. “O extra era para dar continuidade ao projeto político que desenvolvia para a prefeitura”, contou.
 
O esquema, funcionou entre março e dezembro de 2015 e, segundo ele, foi criado para quitar dívidas de campanha do então governador Pedro Taques (PSDB).
 
 
 
 
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet