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Notícias / Política

23/08/2019 às 10:00

‘PCE era tudo, menos presídio. Lá tinha churrasqueira e Johnnie Walker’

O local, que tem capacidade para 800 detentos, abriga 2,1 mil presidiários e ainda passará por reforma interna

Fernanda Leite

‘PCE era tudo, menos presídio. Lá tinha churrasqueira e Johnnie Walker’

Foto: Assessoria

O governador Mauro Mendes (DEM) comentou sobre a operação de reforma e limpeza que está ocorrendo na Penitenciária Central do Estado (PCE). Em uma batida, os policiais retiraram ventiladores, micro-ondas, freezers, churrasqueiras e whisky Johnnie Walker,  além de outros objetos de dentro das celas em que estavam os reeducandos.

Para o governador, a PCE era tudo, menos um presídio de ressocialização.

“A superlotação existe há décadas, o descontrole na PCE existe há décadas e há décadas, eu ouço relatos de como era gerido o controle absoluto por parte das facções criminosas. Tiramos de dentro das celas, geladeiras, micro-ondas, churrasqueiras, whisky Johnnie Walker e mais de 100 celulares. Uma coisa maluca, aquilo era tudo menos uma prisão para punir e ressocializar aqueles que transgredirem a legislação”, pontou o governador.

O chefe do Executivo avalia que a atual gestão realizou um ato inédito. “O que estamos fazendo é ter coragem histórica que ninguém teve. Não é um mérito meu, mas das equipes que realizaram a operação. Eu só dei a ordem final para que isso pudesse ser feito, assumindo os riscos que todos sabem quando intervém no sistema prisional. Os resultados são positivos. O presídio é para punir e ressocializar e não para requalificar, como é na grande parte do sistema prisional do nosso país”, concluiu.

Operação 

A Operação “Agente Elison Douglas”, deflagrada na última terça-feira (13) na PCE, em Cuiabá, recolheu diversos aparelhos eletrônicos, ventiladores, freezers e geladeiras que estavam no interior das celas. A operação foi conduzida pela equipe da direção da penitenciária e contou com apoio de servidores de outras unidades qualificados para atuação em recinto carcerário, como contenção e intervenção.

De acordo com o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), a operação deve durar um mês, período em não serão permitidas visitas. A operação funciona da seguinte forma: os agentes penitenciários entram no corredor, retiram os presos de uma determinada cela e os colocam na quadra. Cada preso sai com tudo que ele tem dentro da cela e, quando passam pelo agente, é revistado. O preso pode retornar com apenas o que é permitido dentro da PCE. Todo material proibido ou fora das regras é catalogado e entregue para a família do preso.

O local, que tem capacidade para 800 detentos, abriga 2,1 mil presidiários e ainda passará por reforma interna. A operação foi nomeada de ‘Agente Elison Douglas’ em alusão ao servidor assassinado em Lucas do Rio Verde, (360 km de Cuiabá), no dia 30 de julho.
 
 
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