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Notícias / Política

05/09/2019 às 20:26

Briga entre Mendes e Emanuel se acirra; prefeito radicaliza

Pinheiro conta que já solicitou audiência, levantou bandeira da paz, mas é ignorado pelo governador. Agora ele promete ir à justiça por recursos e ameaça não liberar obras do VLT.

Fernanda Leite e Alline Marques

Não é de hoje que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e o governador Mauro Mendes (DEM) trocam farpas pela imprensa. Apesar de o emedebista já ter sido coordenador da campanha do democrata, os dois andam bem distantes de aparar as arestas e a situação vem se agravando devido a atrasos nos repasses para a saúde, falta de diálogo e o fato de a gestão municipal estar sendo ignorada no debate sobre as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). 

Nesta quinta-feira (5), mesmo alegando já ter levantado a bandeira branca da paz, Pinheiro declarou que não irá autorizar nenhuma obra do VLT sem que a população seja consultada e a Prefeitura convidada para participar das discussões. Outro ponto que Emanuel fez questão de ressaltar é que não irá abrir mão dos R$ 68 milhões devido à administração municipal. O recurso trata-se de repasses atrasados ainda do governo Pedro Taques (PSDB). 

“Prefeito e governador não precisam ser amigos, almoçar juntos ou beber juntos para trazer recursos, precisa de uma relação republicana. Temos dificuldades, não é algo crônico, mas existe e vocês acompanham. Eu já lancei o Emanuel paz e amor, pronto pra dialogar, pronto para sentar à mesa e discutir obras, recursos para Cuiabá. Estou pronto para manter uma relação de harmonia, mas esta convivência tem que ser bilateral”, afirmou. 

Questionado sobre o porquê não era tão efetivo nas cobranças durante à gestão de Taques, Emanuel comparou as duas administrações e contou que apesar das dificuldades do governo anterior ainda havia diálogo. Os repasses não eram garantidos, os valores variados, mas ocorriam com certa periodicidade. Vale ressaltar que a Procuradoria-Geral do Município notificou a Secretaria de Estado de Saúde extraoficialmente e o prazo para um retorno encerrou nesta quinta. A ameaça é de que o recurso seja cobrado na justiça. 

Emanuel relatou que já apresentou diversas propostas ao governo, dando a opção de dividir em até mesmo em 20 parcelas, mas não há nenhuma resposta por parte da gestão estadual. O prefeito contou já ter solicitado até mesmo audiências com governador e foi ignorado. 

O mesmo ocorre com o diálogo referente ao VLT. “Não vou permitir que retome obra sem autorização da Prefeitura. Tivemos que corrigir inúmeras agressões ao urbanismo da capital porque entraram de qualquer maneira, arrebentaram com a malha viária, ficou um caos e agora estamos recuperando. Eu quero que faça porque é obrigação do Estado resolver esta situação, mas Cuiabá tem que ser ouvida e é quem dá última palavra. Ninguém afasta o prefeito. Não fomos convidados e Cuiabá tem que ser chamada”, declarou. 
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