Não deve ser usada como terapia exclusiva, mas pode auxiliar - e muito - no tratamento de problemas psicológicos. A hipnoterapia tem sido cada vez mais aceita como complemento na hora de cuidar de traumas. O assunto até mesmo já foi abordado em novela - "O Outro Lado do Paraíso", no ano passado.
A hipnose é um estado alterado da consciência. É como uma sonolência conduzida, só que o paciente está consciente. Nesse estado de transe, o hipnólogo "acessa" as memórias que foram apagadas pelo cérebro. Afinal, segundo especialistas, nossa cabeça pode fazer esse "apagão" quando se depara com uma situação muito estressante, como os traumas, por exemplo.
Como funciona?
Esse processo de transe é a hipnoterapia, que permite chegar às memórias escondidas no subconsciente. A hipnose clínica, que não é considerada uma terapia, ajuda nesse processo de descoberta. Quando está em transe, pode-se identificar o sintoma.
A partir de então, é inserido um novo significado para aquela situação, substituindo aquele gatilho que causava danos psicológicos (e muitas vezes físicos) na pessoa.
A técnica, atualmente, foi se intensificando. Dessa forma, promete resolver diversos sintomas de fobias, síndromes do pânico, depressão e traumas, além de compulsões e problemas ligados aos transtornos de ansiedade. Até sentimentos reprimidos, que desencadeiam problemas físicos como hipertensão e arritmia cardíaca.
Alerta
Mesmo assim, profissionais do Conselho Federal de Medicina ressaltam que é preciso bom senso por parte de quem faz esse tipo de técnica e também por aqueles que buscam o tratamento. Afinal, como não é reconhecido, deve sempre ser usado como um atendimento auxiliar, nunca como o principal preceito clínico de tratamento.
Júnior Batista - Estadão Conteúdo
