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22/11/2019 às 10:46

Clínica congelava animais mortos para continuar cobrando por internação, diz Polícia Civil

Batizada de Arca de Noé, operação prendeu dono de clínica veterinária localizada em Nova Lima, na Grande BH.

Leiagora

Clínica congelava animais mortos para continuar cobrando por internação, diz Polícia Civil

Foto: Fernando Zuba/TV Globo

A Polícia Civil faz, na manhã desta sexta-feira (22), uma operação contra maus-tratos de animais na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O alvo é uma clínica veterinária em Nova Lima. O dono foi preso.

Segundo o delegado Bruno Tasca Cabral, no local, eram cometidos diversos crimes, como estelionato, associação criminosa e maus-tratos. As apurações apontam que houve casos em que, quando o animal morria, o veterinário o congelava e não avisava ao dono sobre a morte para continuar cobrando pela internação.

Animais chegavam a ficar congelados por mais de uma semana. Quando o dono era avisado, o animal era descongelado e era aplicada uma injeção para retomar a condição do corpo simulando que a morte era recente.
A clínica também é suspeita da venda de medicamentos proibidos, da aplicação de medicamentos de humanos em animais e do reaproveitamento de próteses que eram retiradas de animais mortos. Ainda serão investigados os crimes sonegação e lavagem de dinheiro.

"Nós temos testemunhas fundamentais que informam para gente que era um procedimento comum a reutilização de próteses e parafusos que poderiam causar uma contaminação nos amimais muito fácil. E a questão do congelamento, nós tivemos notícia que ele praticava esse tipo de ação, ele congelava o animal já morto para postegar a devolução do corpo para receber um maior volume de dinheiro", disse a delegada Carolina Bechelany.

O veterinário detido é Marcelo Dayrell, proprietário da Animed. Segundo o delegado Bruno Tasca, ele nega os crimes e se diz surpreso com a operação.

Policiais também tentam localizar a mulher dele, a veterinária Franciele Fernanda Quirino dos Santos. Segundo a Polícia Civil, ela não foi encontrada em casa nem na clínica e já pode ser considerada foragida. Segundo Dayrell, ela estaria viajando.

Cinco mandados de busca e apreensão também foram expedidos.

De acordo com a delegada Carolina Bechelany, a investigação começou como em razão de crimes ambientais por causa do descarte de lixo veterinário junto a lixo comum. A partir disso, a polícia chegou a indícios de crimes de maus-tratos e também de estelionato.

A clínica funciona 24 horas e muitos animais devem ser retirados do local. Segundo a polícia, os donos serão chamados para buscá-los.

Por volta das 10h30, a assessoria de imprensa da clínica disse que a empresa está surpresa com a operação e que se pronunciará após análise de todas às denúncias sofridas.

"Além disso, se coloca à disposição da Justiça para esclarecimento dos fatos e afirma que irá cooperar no que for preciso com a investigação para que todos os fatos sejam esclarecidos o mais breve possível", afirma a nota.
Por Fernando Zuba, TV Globo 
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