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Notícias / Política

06/12/2019 às 12:15

'Bolsonaro viu que o Brasil não pode depender apenas dos americanos'

Fagundes salientou que hoje o Brasil está bem acessível ao crédito internacional e vê como positiva as negociatas com a China

Luana Valentim

'Bolsonaro viu que o Brasil não pode depender apenas dos americanos'

Foto: Assessoria

O senador Wellington Fagundes (PL) avalia que o valor da cessão onerosa acabou causando uma frustração, pois acreditava-se que, por conta das últimas declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter deixado o mercado vulnerável, o valor quanto ao leilão do Pré-Sal seria maior. A declaração foi feita nesta segunda-feira (02), em entrevista à Rádio Capital FM.

Fagundes salientou que hoje o Brasil está bem acessível ao crédito internacional e o presidente Bolsonaro que começou com um jogo muito ideológico, agora está mudando por ter visto que o país não pode ficar dependendo somente dos americanos.

Diante disso, Bolsonaro então resolveu ceder e abrir as negociatas com a China que, de acordo com o senador, é o maior comprador do Brasil que tem força na produção rural na exportação das comodities agrícolas e possui capacidade de ampliar a produção, principalmente, na região do Centro Oeste.

Ele ainda discordou das declarações do governador Mauro Mendes (DEM) quanto a situação financeira do Estado. “Não posso concordar com Mauro que as vezes fica reclamando muito sobre a questão financeira, pois o caixa do Estado aumentou e estamos arrecadando mais. Mas ele [Mendes] está vendendo as dificuldades, claro, está no início de governo e pensando nos 4 anos. No entanto, Mato Grosso foi o único Estado do Brasil que aumentou em 4% a sua riqueza. Consequentemente as prefeituras também melhoraram em cima da arrecadação”, explicou.

Porém, Fagundes ressaltou que os municípios dependem muito do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), portanto, o recurso do bolo partidário nacional está previsto que 22% teria que vir. Ele destacou que a pouco tempo atrás vinha só 14%, mas diante da bandeira do municipalismo o Senado conseguiu ir aumentando a cada ano chegando de 14% a 18%.

Ele disse que já foi votado este ano no Senado e falta a Câmara de Deputados decidir aumentar para 19% escalonadamente. “O certo é que venha os 22%. Essa questão da distribuição de renda é fundamental. Mato Grosso tem respondido muito em termo de produção e tudo que a gente pensa é que Mato Grosso é um estado de solução”.

Fagundes destacou que a China é uma grande parceira, mas joga duro assim como todo país que tem potencial que põe força na sua capacidade de comercialização. Ele pontuou que o problema na China referente a peste suína, dizimou muito a produção que se tornou um grande comprador principalmente de carne. Ainda afirmou que o país oriental tem grande interesse em investir, tanto é que está comprando de muitas empresas brasileiras.

O senador declarou que acabou de assumir a presidência do grupo Brasil Arábia Saudita que já sinalizou um investimento de U$ 10 bilhões no brasil para recursos, principalmente, na área de defesa e na de infraestrutura.

“Então temos em infraestrutura, o maior interesse desses países. São áreas principalmente de ferrovia e saneamento. O petróleo foi uma certa frustação, pois esperava-se que a sessão onerosa fosse maior justamente porque naqueles dias as declarações do presidente acabaram deixando o mercado muito vulnerável”, destacou.

Segundo Fagundes, esses investimentos estão prontos para vir para o Brasil, mas há necessidade de dar segurança jurídica, precisando que a legislação brasileira seja mais clara em termos de investidores. Ele avalia que quem pretende investir, fará isso a longo prazo e requer uma segurança jurídica para não acontecer o mesmo que houve a pouco com as rodovias de Mato Grosso em que todas estão com problemas porque o governo fez um acordo, assinou e não cumpriu. “Exemplo disso é o Aeroporto de Campinas que é considerado o 4º mais bem administrado do mundo e está em condição falimentar porque o governo não cumpriu a parte dele”.

O senador ressaltou que é autor de um Projeto de Emenda Complementar que diz que essas concessões tem que ser política de Estado e não de governo, o que dá uma segurança jurídica independente de quem seja o governante. “Se ele é de esquerda, direita e centro não interessa. O que interessa é que quem assinou foi o país. Um novo governante não pode mudar um contrato que foi feito pelo gestor anterior. Acho que resolvendo essas questões, o Brasil terá muitos investimentos nos próximos anos”, disparou.
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