O Supremo Tribunal Federal (STF) fez a abertura de 1 inquérito para apurar se o deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ) comprou votos de deputados federais para se eleger presidente da Câmara dos Deputados, em 2015.
A decisão foi motivada pelo acordo de delação premiada do ex- executivo do grupo J&F Ricardo Saud. Segundo a PGR, teria sido liberado o pagamento de 30 milhões de reais para que Saud pudesse “persuadir os congressistas” de que a eleição de Cunha seria “a melhor opção para fazer contraponto à então presidente Dilma Rousseff”.
O foco das investigações será o atual deputado mato-grossense Nery Guller (PP). Conforme a revista Veja, o ex-ministro da Agricultura abriu uma portaria que baniu do mercado o uso de “avermectinas”, um agrotóxico poderoso barrado em outros países. “A decisão impulsionou as exportações da J&F aos EUA. Suspeita-se que isso pode ser o fato gerador dos 30 milhões de reais aos congressistas”, diz trecho da nota da revista.
Outro lado
O líder da bancada, deputado federal Neri Geller, esclarece que nunca manteve qualquer tipo de vínculo ou proximidade com Eduardo Cunha e reitera que sua indicação ao Ministério da Agricultura se deu pela Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), pelo seu perfil técnico, na condição de produtor e empresário, ou seja, sem nenhum vínculo direto com partidos. A assessoria jurídica do parlamentar tomará as medidas cabíveis.
Com informações Revista Veja