Cuiabá, quarta-feira, 15/05/2024
10:41:49
informe o texto

Notícias / Geral

16/12/2019 às 18:31

Após greve fracassar, liderança diz que "caminhoneiros foram omissos"

O motorista autônomo lamenta que o movimento não tenha ocorrido e diz que o principal motivo foi a falta de união da categoria.

Leiagora

Após greve fracassar, liderança diz que

Foto: Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo

A greve dos caminhoneiros, prometida na semana passada por profissionais autônomos para esta segunda-feira (16), acabou não ocorrendo. Lideranças que tentaram organizar a paralisação afirmaram que houve "omissão" da categoria. Segundo eles, motoristas desistiram da ação por causa de discordâncias políticas entre os caminhoneiros e devido a um acordo feito com o governo. A categoria reivindica redução do preço do diesel, revisão do valor mínimo da tabela do frete e fiscalização para que as empresas cumpram o pagamento do frete.
 
A paralisação deveria ter começado às 6h desta segunda, mas não houve registro de qualquer paralisação significativa nas estradas do país ao longo do dia. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal), nenhuma das rodovias federais apresentou problemas. A CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), uma das entidades que liderou a greve de 2018, afirmou que também não identificou qualquer movimentação ou adesão por parte da base coligada.
 
"Caminhoneiros foram omissos" "No final de semana, os caminhoneiros se desarticularam, e a maioria desistiu", afirmou o caminhoneiro Sergio Henrique Silva, liderança na Bahia e um dos apoiadores da greve. O motorista autônomo lamenta que o movimento não tenha ocorrido e diz que o principal motivo foi a falta de união da categoria.
 
Os caminheiros foram omissos, como grande parte do povo brasileiro. Nós só queremos melhorias para a classe e para todos os brasileiros, mas a maioria [dos caminhoneiros] entendeu que não era hora e não quis aderir [à paralisação] Sergio Henrique Silva, liderança de caminhoneiros na Bahia O UOL procurou Marconi França, de Pernambuco, principal articulador nacional da greve, mas não teve retorno até o momento. Segundo Silva, um dos motivos para a greve não ter ocorrido foi a promessa feita pelo governo de publicar amanhã (17) o novo Ciot (Código Identificador da Operação de Transportes), ferramenta que rastreia e identifica empresas que não pagam o valor mínimo do frete.
 
"Com o Ciot para todos, as empresas que não pagam o [frete] mínimo e sonegam impostos serão punidas. Essa promessa fez com que muitos recuassem, mas essa é só uma das várias reivindicações, ainda falta muita coisa", disse. "E, se ele [o governo] voltar atrás, iremos marcar outra [greve]." Procurados, o Ministério da Infraestrutura e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) não confirmaram a promessa de publicar o novo Ciot.

 

Lucas Borges Teixeira - Colaboração para o UOL

Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet