O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou, em entrevista exclusiva ao Jornal da Record, que a economia do país não funcionará de forma saudável em um cenário de corrupção. Afirmou ainda que todas as empresas tiveram oportunidades de fazer acordos de leniência durante as investigações da Lava Jato.
A entrevista ao repórter Luis Fara Monteiro será exibida a partir das 19h45 nesta terça-feira (17). Outros trechos serão exibidos na edição de 0h30 do JR 24h, na madrugada de quarta-feira (18), também na Record TV.
“Não há como desenvolver uma economia de maneira saudável se o pagamento de suborno e propina se tornar uma rotina", disse. “Para todas essas empresas foi dada abertura dos acordos de leniência. Todas que quiseram corrigir seus erros abandonaram práticas de crimes, pagaram indenizações e tiveram oportunidade de fazer acordo, mas algumas demoraram demais porque, na verdade, não queriam responder pelos seus crimes”, disse o ministro.
A afirmação é uma resposta ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Dias Toffoli, que disse em entrevista publicada na segunda-feira (16) que a força-tarefa da Lava Jato "destruiu empresas".
Moro também falou de sua popularidade e que não tem planos de disputar eleições no futuro. “Não tenho nenhuma intenção de concorrer à presidência nem coisa parecida. O presidente é candidato à reeleição e a perspectiva é apoiar o presidente. A popularidade é um indicativo de que o trabalho está no rumo correto. A popularidade serve para avançarmos nas pautas do ministério para conseguirmos apoio maior na população e no Congresso.”
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