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05/01/2020 às 10:09

Madastra mata enteada envenenada: uma mulher, fria, calculista e cruel; relembre o caso Mirella

m crime premeditado praticado em doses diárias durante dois meses. Foi assim que Jaira Gonçalves de Arruda, de 42 anos, agiu para matar envenenada a enteada Mirella Poliane Chue de Oliveira, de 11 anos, em junho de 2019.

Luzia Araújo

Madastra mata enteada envenenada: uma mulher, fria, calculista e cruel; relembre o caso Mirella

Foto: Reprodução / Montagem

Com toda certeza, um dos casos que mais chocou a população mato-grossense foi o da madrasta que mata enteada, de apenas 11 anos, envenenada. O caso ainda segue em investigação, inclusive, pois apura-se agora se a suspeita teve envolvimento na morte do sogro. Uma mulher fria, calculista e cruel é como se pode descrever Jaira Gonçalves de Arruda, 42 anos. 

RELEMBRE O CASO

Um crime premeditado praticado em doses diárias durante dois meses. Foi assim que Jaira Gonçalves de Arruda, de 42 anos, agiu para matar envenenada a enteada Mirella Poliane Chue de Oliveira, de 11 anos, em junho de 2019.

O assassinato foi descoberto pela Polícia Judiciária Civil durante investigações da Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica) de Cuiabá sobre a morte da garota.
 
Jaira matou Mirella com uso de um veneno com venda proibida, aplicando pequenas doses durante abril e junho de 2019.  No dia 14 de junho de 2019, a jovem faleceu de causa até então indeterminada.

Inicialmente houve suspeita de meningite, bem como de abuso sexual, mas depois foi descartado durante a necropsia. Foram coletados materiais para exames complementares. Nos exames realizados pelo Laboratório Forense, foram detectados no sangue da menina duas substâncias, uma delas veneno que provoca intoxicação crônica ou aguda e a morte.

Todas as vezes que a menina passava mal era socorrida e levada ao hospital. Lá ficava internada de 3 a 7 sete dias e melhorava, mas ao retornar para casa, voltava a adoecer novamente. A Mirella ficou internada nove vezes em hospitais particulares de Cuiabá.

Na última vez já chegou morta. Nessa ocasião, foi acionada a Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP),  que requisitou os exames em um deles foi detectado o venenosa. Assim, o caso foi encaminhado à Deddica que procedeu com toda a investigação descobrindo o plano de envenenando, arquitetado por conta de um herança milionária que a menina tinha recebido, ao nascer, fruto de uma indenização pela morte da mãe de Mirella, durante parto dela em um hospital, na capital, por erro médico.

A ação foi movida pelos avós materno da criança. Em 2019 foi encerrado o processo, com causa ganha a família de R$ 800 mil, incluindo os descontos de honorários advocatícios. A Justiça autorizou que fosse usada uma pequena parte do dinheiro para despesas da criança, mas a maior quantia ficaria em depósito para uso após a maioridade, aos 24 anos. O pagamento da ação iniciou em 2019.

Até 2018, a menina era criada pelos avós paternos, que faleceram. Então, a garota passou a ser criada pelo pai e madrasta. A partir daí iniciou o plano da mulher para matar Mirella com o objetivo de ter acesso ao dinheiro.

A mulher foi ouvida e contou que convive com o pai da vítima desde que ela tinha 2 anos de idade e que se considerava mãe dela. Ela declarou que a afilhada começou a ficar doente em 17 de abril de 2019, apresentando dor de cabeça, tontura, dor na barriga e vômito.

A Polícia Judiciária Civil indiciou a madrasta por homicídio duplamente qualificado, praticado por envenenamento e motivo torpe. O inquérito apontou ainda que o pai da vítima não teve envolvimento direto e que ele teria sido induzido a erro pela mulher.

A madrasta conduzia e tinha controle de todas as situações na família – financeira, educação, saúde e demais cuidados com a criança. O trabalho investigativo apontou também a suspeita de que a madrasta teria envenenado o avô paterno da vítima, Edson Emanoel, em 2018.

A Deddica solicitou à justiça autorização para que uma cópia do inquérito seja encaminhada à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, para investigar a suspeita de envenenamento do avô de Mirella. Jaira está presa na Penitenciária Feminina em Cuiabá.
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