Dos nove vereadores que irão mudar de partido para o pleito de outubro deste ano, apenas dois já efetuaram a troca. Outros três devem seguir para siglas novas nos próximos dias. A mudança deve movimentar também o cenário para as eleições municipais.
A janela segue até o dia 3 de abril e permite que os parlamentares migrem de legenda sem serem penalizados por infidelidade partidária. O troca-troca de partidos este ano tem um peso maior na hora de escolher legendas, isto porque não será mais permitido coligações para a eleição proporcional, então os vereadores precisam avaliar bem na hora de escolher partidos, porque a tendência é que os menores tenham mais dificuldade em fechar chapa.
Os que já oficializaram a mudança foram Adevair Cabral e Marcrean Santos. Os que devem anunciar a troca nos próximos dias são Diego Guimarães, Felipe Wellaton e Dilemário Alencar.
Adevair deixou o PSDB para se filiar no PTB. A troca foi finalizada no dia 14. Como foi antes das medidas restritivas referente ao combate ao coronavírus, a sigla petebista realizou um grande ato para receber os novos filiados e ainda contou com a presença do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), e do ex-deputado federal Julio Campos (DEM). A solenidade foi conduzida pelo presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Misael Galvão, que também responde pelo PTB na Capital depois de ter deixado o PSB.
Já Marcrean Santos se desfiliou do PTRB e passou a integrar os quadros do Progressistas. Ele migrou para o PP na semana passada, dia 18, durante ato realizado no Diretório Municipal da legenda.
Wellaton e Diego vão filiar-se no Cidadania. Felipe Wellaton quer trabalhar nos próximos meses a pré-candidatura a prefeito de Cuiabá, que já recebeu o aval do presidente regional da sigla, Marco Marrafon. Desde o ano passado o chefe de gabinete do parlamentar, Alexandre César Lucas, está como presidente municipal do partido na capital.
O fato da justiça ter arquivado um inquérito contra Wellaton, de uma acusação falsa por suposto desvio de Verba Indenizatória, fez com que o parlamentar voltasse a articular com sua base a pré-candidatura ao Alencastro.
Wellaton inclusive foi o responsável por montar a chapa de vereadores do Cidadania. E Diego aceitou o convite do colega e vai se filiar ao Cidadania também. Forte atuante no grupo de oposição, Diego é cotado a ser um dos vereadores mais bem votado no próximo pleito, capitalizando o “recall” de Wellaton e do vereador cassado Abilio Brunini (PSC), que não serão candidatos.
Ambos se preparavam para fazer um grande ato de filiação juntos, mas devido à pandemia do novo coronavírus, deverão fazer este ato somente quando a situação voltar a ser normalizada na sociedade.
Já Dilemário Alencar vai deixar o Pros e segue para o PSC, a convite de Abilio, que preside o partido em Cuiabá. Apesar de Abilio estar trabalhando para lançar a esposa, Samantha Iris, Dilemário acredita que indo para o PSC poderá capitalizar eleitoralmente junto a base do colega.
Além deles, outros três vereadores deverão aproveitar a janela partidária para trocarem de partido, visando o pleito de outubro deste ano. Dentre eles estão Wilson Kero Kero (PSL), Marcelo Bussiki (PSB) e Gilberto Figueiredo (PSB). Todos, inclusive, do bloco de oposição ao prefeito.
Kero Kero deve deixar o PSL para se filiar ao Podemos. Ele já havia sinalizado para a mudança desde à crise na sigla devido um racha nacional que resultou na saída da família Bolsonaro da legenda. Ele tem se aproximado cada vez mais do vice-prefeito de Cuiabá, Niuan Ribeiro (Podemos), que também ensaia uma possível candidatura a prefeito.
Bussiki trocará o PSB pelo DEM, juntamente com Gilberto, que atualmente responde pela Secretaria de Estado de Saúde e é apontado como um dos braços direitos do governador Mauro Mendes (DEM).
Fora esses nomes já confirmados, outro que está analisando a possibilidade de vir a migrar de sigla é o vereador Toninho de Souza (PSD). Isto porque, o PSD estaria com dificuldade para montar a sua chapa de vereadores para a eleição deste ano.
Há que se destacar que diante das incertezas causadas pela chegada do coronavírus no Brasil ainda é possível que a eleição seja adiada para 2021, o que também pode mudar o cenário atual.
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