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16/04/2020 às 17:24

Obra de 200 leitos no Metropolitano tem prazo extrapolado e ainda aguarda a China

Compra de equipamentos foi realizada em março e deve ser entregue até o fim do mês

Camilla Zeni

Obra de 200 leitos no Metropolitano tem prazo extrapolado e ainda aguarda a China

Foto: Mayke Toscano/Secom

O desafio de construir 200 novos leitos no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, no prazo de duas semanas não conseguiu ser cumprido pelo governo de Mato Grosso. E a quatro dias de uma segunda data anunciada, as obras seguem em ritmo acelerado mas não o suficiente para serem finalizadas a tempo. Além disso, a entrega do espaço para funcionamento esbarra em outro empecilho: a China.

Inicialmente, o governo propôs entregar o espaço em duas semanas, tendo começado a obra no dia 23 de março. No entanto, no início de abril, o secretário de Estado de Saúde (SES), Gilberto Figueiredo, anunciou uma nova data: a expectativa é de que até o dia 20 o espaço seja finalizado. 

Segundo a SES, até quarta-feira (15), quando respondeu à demanda do Leiagora, a construção dos novos leitos estava 70% concluída. 

A nova estrutura, que será incorporada à unidade hospitalar, conta com a montagem de paredes com painel isotérmico. Os módulos pré-moldados são semelhantes ao sistema usado pela China em fevereiro, na construção de dois novos hospitais em 10 dias.

Até antes do surto do coronavírus, esse modelo de construção ainda não havia se espalhado pelo mundo e só tinha sido usado uma única vez, também pela China, para conter um surto de síndrome respiratória aguda grave (SARS, em inglês, ou SRAG), em 2003.

O governo do estado também se propôs a finalizar uma reforma na unidade antiga, e, segundo a SES, a obra está 98% concluída. Contudo, a entrega do espaço para funcionamento depende da chegada de equipamentos importados da China.

Conforme o governador Mauro Mendes (DEM), foram adquiridos, ainda em março, aparelhos respiradores e outros insumos da saúde, além de equipamentos de proteção individual. Isso porque no Brasil já quase não há unidades disponíveis para compra. 

Ainda segundo Mauro pontuou em entrevistas recentes, a dificuldade esbarra na logística de encontrar a melhor forma de trazer os equipamentos, visto que voos estão reduzidos. Além disso, é preciso driblar a demanda mundial pelos mesmos itens, diante da pandemia do novo coronavírus.

O governo não respondeu informou à reportagem quando os equipamentos devem ser entregues.

Conforme o Portal da Transparência do governo estadual, até o momento o Estado gastou mais de R$ 9 milhões com a aquisição de mão de obra e equipamentos para nefrologia para 30 Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Metropolitano. Foram exatos R$ 9.518.400,00, pagos em contrato com a empresa Mediall Brasil Gestão Médico Hospitalar.
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