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Notícias / Agro e Economia

03/05/2020 às 15:00

Alta do dólar contribui para exportação da carne mato-grossense

Apesar do coronavírus, os criadores do Estado têm conseguido aumentar suas margens de lucro

Edyeverson Hilario

Alta do dólar contribui para exportação da carne mato-grossense

Foto: Kim Hong-Ji/Reuters/Direitos Reservados

Se por um lado há um movimento de baixa nas vendas internas de carne, causado pelo fechamento de churrascarias, restaurantes e bares, em razão do coronavírus; por outro, tem contribuído para a alta do dólar. Com isso, os envios da proteína bovina para o exterior tem sido uma luz no fim do túnel para os pecuaristas, já que a valorização da moeda americana tem dado uma boa margem de lucro para os criadores.

A crise mundial, provocada pela pandemia afetou os principais países exportadores. Com as fronteiras fechadas, Austrália, Argentina e Uruguai, maiores concorrentes do Brasil, não conseguem atender a demanda internacional de carne. Déficit que tem deixado o país em uma situação confortável.

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Ribeiro, analisa que com a alta do dólar e a consequente desvalorização do real, fica mais fácil vender. Ainda acrescenta que “o Brasil ainda tem carne barata que dá para entregar”.

Atualmente China e Hong Kong lideram os destinos da carne mato-grossense. Juntos, recebem 52% de toda proteína bovina exportada pelo Estado. Para se ter uma ideia, das 34,5 mil toneladas de carne enviadas para o exterior durante o mês de março, ambos, receberam 17,7 mil toneladas da proteína.

Segundo Oswaldo, as expectativas são de aumento nas exportações, uma vez que “o mercado internacional vai começar a abrir agora. A China se recuperando, o mercado mundial também vai se recuperando”. Movimento que de acordo com o representante dos criadores, começa pelo Oriente e logo chega no Egito e Irã. “Daqui a pouco a Europa também começa a liberar. Eles ainda estão isolados”.

Dentre esses destinos o Egito passa a ganhar uma grande representatividade nesse período. Recentemente o país autorizou cinco novos frigoríficos mato-grossenses a enviar carne bovina para o país.

De acordo com o relatório do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), até o mês de março as exportações do estado somaram um aumento de 11,5%, se comparado ao mesmo período do ano passado. As expectativas são de que esse cenário continue, dado a atual conjuntura.

Vale ressaltar que não é previsto um aumento nos preços da carne nas gôndolas dos mercados e açougues, como visto no fim do ano passado. No período, houve aumento na demanda de carne tanto no mercado interno, quanto no mercado externo, dado às festas de final de ano em conjunto com o ano novo chinês e ainda o déficit de proteína animal, causada pela Peste Suína Africana, que dizimou 40% do rebanho suíno do país.

Com a situação mais controlada e o desaquecimento do mercado interno, o preço não deve sofrer grandes alterações no Estado.
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