Com uma camiseta com a frase ‘Supremo é o povo’, o empresário Marcelo Stachin se apresentou agora no começo da tarde na sede da Polícia Federal em Cuiabá. Antes de entrar, fez uma live em seu facebook e negou propagar fake news, disse ainda que jamais incentivou invasão ao Supremo Tribunal Federal, e ainda afirmou: “se eu for preso por falar a verdade será motivo de orgulho”.
Stachin é alvo da operação deflagrada nesta quarta-feira (27) pela Polícia Federal para combater fake news realizadas em vários estados tendo políticos e empresários envolvidos. Morador de Sinop, Marcelo participou de atos pró-Bolsonaro em Brasília, alguns deles que chegaram a pedir o fechamento do Congresso e do STF.
No entanto, antes de entrar para prestar esclarecimento à PF, Marcelo afirmou que nunca apoiou o fechamento das instituições, mas a independência entre os Poderes, para que o presidente Jair Bolsonaro tenha autonomia para tomar as decisões pelo povo brasileiro. Apoiador incondicional do presidente, Stachin fez questão de informar seus seguidores de que estava em viagem e por isso não foi encontrado em casa, e estava se apresentando de forma voluntária para poder se defender.
O empresário disse ainda que suas viagens são custeadas por pessoas voluntárias e não há nenhum crime nisso. Ele defendeu à PF, mas disse que esta ação trata-se de uma “cala boca” por parte do STF à população brasileira. “Não permitimos mais ação do STF contra brasileiro de ir e vir, quer impedir o povo de manifestar apoio ao presidente Bolsonaro, uma ação que me impossibilita de usar redes sociais. (...) o STF agora quer impedir o presidente de governar, queremos que o STF cumpra o que é legal, Legislativo e o Judiciário deixe o presidente trabalhar”, criticou.
Ele ainda negou ter treinamento militar e se intitulou de um “apaixonado por armas”. Lembrou trecho da reunião do presidente com ministros que defende o armamento da população. “Não me coloco como radical, somos inconformados com a situação do Brasil”, alegou.
Sobre a possibilidade de ser preso, Marcelo disse que seria motivo de orgulho. “Se eu for preso por falar a verdade, ficarei orgulhoso. Seria um dia feliz para mim”. Ele encerra o vídeo com mais críticas ao STF. “Não iremos baixar a guarda, STF não colocará mordaça e impedir que venhamos a falar o que acreditamos. Supremo é o povo”.