Cuiabá, sexta-feira, 26/04/2024
07:52:45
informe o texto

Notícias / Agro e Economia

02/06/2020 às 13:08

Mapa discute os reflexos da pandemia do coronavírus no fim da vacinação contra a Febre Aftosa

O objetivo é dar continuidade às ações do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa

Leiagora

Mapa discute os reflexos da pandemia do coronavírus  no fim da vacinação contra a Febre Aftosa

Foto: Edyeverson Hilario

O Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), promoveu, na última semana, reuniões virtuais com representantes das equipes gestoras do Bloco II, Bloco III e Bloco IV para avaliar os reflexos da pandemia do Coronavírus (Covid-19) na continuidade das ações previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PE-PNEFA). Também foi feita reunião virtual com a equipe gestora nacional para discutir o andamento do plano.

“Inicialmente essas reuniões ocorreriam de forma presencial nos meses de março e abril, entretanto, em razão da pandemia do Covid-19 tiveram que ser adiadas. Após análises e buscando amenizar os prejuízos para gestão do PE-PNEFA, optamos por realizar de forma virtual”, explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.

Como resultado da 5ª reunião da equipe gestora nacional, constituída por representantes das indústrias, produtores rurais, do Mapa e serviços veterinários estaduais, ficou acordado que o PE-PNEFA continua como prioridade. O objetivo é manter a condição sanitária atual de país livre de febre aftosa, buscando a ampliação gradual de novas zonas livres sem vacinação.

As zonas em transição, representadas pelos estados do Rio Grande do Sul e do Paraná e pelos estados que compõem o Bloco I (Acre, Rondônia, parte do Amazonas e parte do Mato Grosso), devem finalizar as ações necessárias, incluindo os estudos soroepidemiológicos, até agosto deste ano, com o objetivo de buscar o reconhecimento internacional de zonas livres de febre aftosa sem vacinação em maio de 2021.

Já os estados que compõem os Blocos II (AP, PA, RR e parte do AM), Bloco III (AL, CE, MA, PB, PE, PI e RN) e Bloco IV (BA, ES, GO, MG, MS, MT, RJ, SE, SP e DF), a partir de suas equipes gestoras, devem promover esforços para concluir as ações necessárias. Considerando os impactos decorrentes dos períodos da pandemia e pós-pandemia, a suspensão da vacinação contra a febre aftosa, prevista para ocorrer a partir de maio do próximo ano, fica interrompida nesses blocos. Uma nova avaliação será realizada no primeiro semestre de 2021.

Atualização do Plano Estratégico

Delineado para ser executado em um período de dez anos (2017-2026), o PE-PNEFA está alinhado com as recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e com as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), contribuindo para a erradicação da doença na América do Sul.

Entre os objetivos do PE-PNEFA, está a retirada gradual da vacinação contra a febre aftosa, em todo o território brasileiro, que prevê adequação estrutural, implementação e execução de ações gerais e específicas nacionais e estaduais, envolvendo setor público, setor privado e a área política.

Nesses 30 meses de execução do PE-PNEFA, os estados do Rio Grande do Sul e Paraná, mais o Bloco I (Rondônia, Acre, 13 municípios do sul do Amazonas e uma pequena área do Mato Grosso, constituída por parte de cinco municípios) avançaram na execução das ações previstas e estão na fase final para se tornarem zonas livres de febre aftosa sem vacinação, com reconhecimento internacional previsto para maio de 2021.

A região tem aproximadamente 40 milhões de bovinos, representando 18,5% do rebanho nacional. Atualmente, somente o estado de Santa Catarina, com rebanho de 4 milhões de bovinos, possui reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação.

“O reconhecimento internacional dessa nova área contribuirá para formação de uma zona livre de febre aftosa sem vacinação responsável por 80% da produção comercial de suínos do país, propiciando ao segmento condições mais favoráveis para inserção dos seus produtos em mercados importantes, com melhores perspectivas de agregação de valor e consequentemente melhor remuneração a todo segmento”, destaca Moraes.
Ministério da Agricultura
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet