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Notícias / Judiciário

20/07/2020 às 14:12

Juiz solta homem que guardou R$ 7 mil dentro de colchão em casa de luxo

A operação investiga um grande esquema de lavagem de dinheiro. Ao todo, sete pessoas foram presas.

Leiagora

Juiz solta homem que guardou R$ 7 mil dentro de colchão em casa de luxo

Dinheiro no colchão

Foto: Polícia Federal de Mato Grosso / Assessoria

O juiz da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, Jeferson Schneider, negou o pedido de prisão preventiva de M.F.N., um dos alvos da Operação Fausto, deflagrada no dia oito deste mês pela Polícia Federal. No dia da prisão, policiais federais encontraram R$ 7 mil dentro do colchão dele, em uma casa de luxo no bairro Jardim Itália, em Cuiabá. A decisão foi proferida na quinta-feira (16).

A operação investiga um grande esquema de lavagem de dinheiro. Ao todo, sete pessoas foram presas. Cinco tiveram a prisão temporária convertida em preventiva e, além de M.F.N., outra pessoa também foi solta para responder ao caso em liberdade.

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As investigações da PF apontam que M.F.N. ajuda a "lavar" o dinheiro da suposta organização criminosa por meio de uma empresa de turismo. "Tudo indica que, por meio dessa empresa, M.F.N. realiza compra de dólares com o dinheiro do tráfico usando o esquema conhecido como “boletagem”, pelo qual injeta dinheiro na Intercontinental Turismo, a qual, por sua vez, reabastece os membros da organização criminosa, como evidenciado quanto aos demais requeridos", diz trecho da decisão.

No entanto, o magistrado considerou as argumentações da defesa do investigado, feita pelos advogados Artur Barros Freitas Osti e Greicy Teixeira Alves, de que não existe nenhum fato recente que o liga a organização criminosa. Segundo a defesa, nem mesmo os documentos apreendidos nos mandados de busca e apreensão apontam que M.F.N. tenha alguma ligação recente com o grupo que segue preso.

A defesa argumentou que o investigado, em nenhum momento, atuou para ocultar ou destruir provas, nem representa risco às testemunhas ou a ordem pública, podendo responder ao caso em liberdade.

"A despeito dos indícios de seu envolvimento com associação criminosa voltada para o tráfico de drogas, especificamente em relação a esse investigado, nenhum fato contemporâneo foi revelado com as provas apreendidas por ocasião do cumprimento do mandado de busca e apreensão, assim como não se teve notícia até o presente momento de nenhuma circunstância reveladora de comportamento voltado a trazer prejuízo para a instrução processual, como ocultação, destruição ou extravio de provas", disseram os advogados.

Desta forma, Schneider rejeitou o pedido da PF em manter M.F.N. preso. "Entendo que as mesmas razões que levaram ao indeferimento do primeiro pedido de prisão preventiva permanecem presentes, isto é, a falta de contemporaneidade dos fatos, somada à circunstância de que o cumprimento dos mandados de busca e apreensão não revelaram nenhum fato atual", finalizou.

A operação
O trabalho policial aponta que os investigados teriam  movimentado entre 2017 e 2020 mais de R$ 20 milhões. A maior parte da movimentação suspeita era realizada em nome de familiares e empresas de fachada.

Com relação aos R$ 7 mil encontrados dentro do colchão, a suspeita é que o dinheiro seja fruto do esquema de tráfico de cocaína e lavagem de dinheiro coordenado pela organização criminosa investigada na operação.

Os investigados vinham ostentando elevado padrão de vida, com imóveis sofisticados, carros de luxo e viagens a lazer. 

 
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