Após a repercussão negativa referente ao corte de mais de R$ 60 milhões, o próprio Ministério do Meio Ambiente atualizou a nota anterior e informou que houve o desbloqueio financeiro dos recursos do Ibama e do ICMbio. Sendo assim, as operações de combate ao desmatamento ilegal e às queimadas prosseguirão normalmente.
Em nota, na tarde desta sexta-feira (28) o Ministério de Meio Ambiente informou que as operações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia Legal e às queimadas no Pantanal seriam interrompidas a partir de segunda-feira (31).
A suspensão das atividades era em razão do bloqueio financeiro efetivado pela Secretaria de Orçamento Federal (SOF) na data de hoje, da ordem de R$ 20.972.195,00 em verbas do Ibama e R$ 39.787.964,00 do ICMBio.
A nota explicou ainda que a informação partiu do secretário Esteves Colnago, do Ministério da Economia, e o bloqueio teria sido determinado pela Secretaria de Governo e pela Casa Civil.
Vale ressaltar, que o MMA já perdeu outros R$ 120 milhões previstos para a área de meio ambiente no exercício de 2021.
Repercussão política
A nota do MMA causou mal-estar no governo. O vice-presidente, Hamilton Mourão, chegou a afirmar que o ministro Ricardo Salles “se precipitou” ao anunciar um bloqueio de R$ 60 milhões. De acordo com o vice-presidente, as operações serão mantidas.
Mourão disse ainda que "o governo busca recursos para poder pagar o auxílio emergencial, é isso que eu estou chegando à conclusão. Está tirando recursos de todos os ministérios". O vice-presidente tem liderado essa frente de comabte às queimadas e ao desmatamento, inclusive, visitando cidades na região da Amazônia Legal.
Desmatamento
Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro vem sofrendo críticas, internas e externas, pela ausência de política voltada à proteção do meio ambiente, principalmente, na Amazônia. Os números divulgados recentemente também apontam para o crescimento do desmatamento na região.
Queimada
O problema com as queimadas não são de hoje. Ano passado, incêndios na Amazônia chamou atenção de lideranças ambientais de outros países. Este ano, o Pantanal é o foco.
De acordo com dados do Ibama, nos últimos dias, Mato Grosso já teve 100.000 hectares destruídos – 35.000 dele na reserva ambiental do Sesc. Somando os estragos com Mato Grosso do Sul até agora, nos dois estados, perderam-se mais de 1 milhão de hectares na região.
Atualizada às 19h26