A produção de 124,5 milhões de toneladas de soja no Brasil pode não ser o suficiente para atender a demanda interna e externa pelo cereal. O cenário de “escassez”, causado principalmente pelo aumento das exportações deve resultar em uma grande concorrência pelo que ainda resta para ser comercializado. Causando a valorização do grão até a chegada da próxima safra. Considerando o volume negociado até o último mês, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estima que o país tenha apenas 1 milhão de toneladas da oleaginosa a ser comercializada internamente.
A produção de soja no Brasil cresceu significativamente nos últimos anos e registrou recordes consecutivos. Mato Grosso, maior produtor do cereal também aumentou o volume produzido, alcançando 35,4 milhões de toneladas de soja colhidos. Desse total, restam apenas 4,2% a ser comercializado, de acordo com o último levantamento feito pela Conab, no fim de agosto. É importante esclarecer que esse percentual corresponde a 1,5 milhões de toneladas disponível no mercado.
Em relação à soja nacional, há estimativas que indicam que no início de agosto já havia sido negociado mais que 95% da safra nacional. Isso indica que já no começo do mês, das 124,5 milhões de toneladas, restariam apenas 6 milhões de toneladas de soja a serem negociadas no país.
Apesar dessa estimativa, considerando que o mercado está bem aquecido, a Conab estima que esse percentual de negociação evoluiu ao longo do mês. “Há informações de que o número se aproxima dos 99% do percentual comercializado em nível nacional, o que implicaria em cerca de 1 milhão de toneladas a ser comercializada internamente”, informa a Companhia.
