Em plena campanha eleitoral, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) teve mais um integrante do seu primeiro escalão afastado pela justiça nesta semana. O secretário de saúde da Capital, Luiz Antônio Possas de Carvalho é o quarto secretário a deixar o cargo em decorrência de investigação policial.
Além disso, esta é a segunda vez que a saúde tem seu gestor afastado das funções durante a gestão do emedebista. O primeiro a perder o cargo foi Huark Douglas, que inclusive chegou a ser preso duas vezes no âmbito da Operação Sangria. A primeira fase ocorreu em dezembro de 2018 e depois em março do ano passado.
A investigação da operação Sangria apurava fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, com envolvimento de médicos/administradores de empresa, funcionários públicos e outros, e que causou desvio de recurso público da Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.
Desta vez, o secretário foi afastado no âmbito da Operação Overpriced, por suspeita de superfaturamento na aquisição de medicamentos contra o novo coronavírus (Covid-19).
Possas teve o seu afastamento cautelar determinado pela Justiça, mas também pediu exoneração do cargo sob a justificativa de contribuir para o bom andamento das investigações. Investigações dão conta de que houve um sobrepreço de R$ 715 mil.
Além dos gestores da Saúde, no decorrer desses 3 anos e meio de Pinheiro à frente do Palácio Alencastro perdeu o secretário de Educação Alex Vieira, e o procurador geral Marcus Britto, após determinações da Justiça de Mato Grosso.
Ambos são investigados no âmbito da Operação Overlap, da Polícia Judiciária Civil, que apura suposto esquema para fraudar licitação de R$ 2 milhões na Prefeitura de Cuiabá. Alex foi afastado das funções públicas em junho e Marcus Brito no início deste mês.