Com a falta de chuvas, a semeadura da soja registrou o segundo maior atraso da história do plantio em Mato Grosso. Até a última sexta-feira (13) a semeadura havia ocorrido em apenas 3% da área prevista para a safra 20/21 do Estado.
Este percentual é 13,6% menor que a média dos últimos cinco anos. Com este panorama de atraso no cultivo, os preços devem ser afetados internamente e a demanda pela oleaginosa norte-americana pode ser favorecida.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o atraso no plantio deste ano só é menor que o visto na safra 2010/2011, quando a semeadura havia avançado apenas 1,7% da área reservada para a cultura no Estado. Ou seja, há pelo menos uma década não se tem um atraso como o deste ano.
Até sexta-feira (9), a região Oeste – que é conhecida por ser a maior produtora de algodão segunda safra –, foi a que demonstrou o maior avanço nos trabalhos do campo, com 13,7% da área semeada.
“Contudo, em algumas lavouras os produtores terão que fazer a ressemeadura, pois o baixo volume de chuvas registrados desde as primeiras “semeaduras no pó” não foi o suficiente para garantir a germinação e emergência de forma favorável”, observa o Imea.
Vale ressaltar que esse panorama de atraso do plantio pode resultar no atraso da colheita. Por isso, “os players já estão precificando a possível demora na entrada da soja no mercado”.
