O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (DEM), vai pedir ao governo do Estado a suspensão do retorno das aulas presenciais. Conforme calendário da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o retorno está previsto para fevereiro.
Desde o mês de dezembro, Mato Grosso vivencia o crescimento da taxa de infecção pelo novo coronavírus nos moradores, bem como o aumento exponencial da taxa de ocupação das unidades hospitalares. Para o deputado, esses dados devem ser observados ao tomar a decisão do retorno das atividades escolares.
“Do jeito que está hoje, acho que não deve voltar. Agora, vamos fazer uma avaliação até o final de janeiro. Se continuar nos níveis altos como estamos aí… Porque estamos em alta. O Estado de Mato Grosso está aparecendo no vermelho, que é um estado de alerta. Então, se estiver nessa condição, acho que não devem voltar às aulas e vamos fazer essa sugestão ao governador e ao secretário de Educaçao”, ponderou o parlamentar, nessa quinta-feira (7).
O retorno das atividades escolares também é preocupação dos deputados petistas Valdir Barranco e Lúdio Cabral. À imprensa, os dois declararam acompanhar as decisões da Seduc e aguardar “sensatez”, de forma que a Secretaria de Educação decidisse, por conta própria, suspender esse retorno.
Barranco chegou a dizer que poderá convocar o secretário Alan Porto até a Assembleia, caso não haja decisão até o início do ano letivo. Já o deputado Lúdio Cabral avaliou acionar a Justiça caso o governo não tome providências.
Até o momento, a Seduc não recuou do plano de volta às aulas. Segundo a Pasta, a ideia é que as aulas aconteçam de forma híbrida, sendo realizadas de forma presencial e online.
Covid-19
Conforme o boletim informativo divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde diariamente, entre a noite de quarta-feira (6) e a noite de quinta-feira (7), 13 mortes em decorrência da covid-19 foram notificadas em Mato Grosso. Nessas 24 horas, também, o Estado registrou 1.086 novos casos da doença. Ao todo, foram registradas 4.632 mortes e 186.831 pessoas diagnosticadas com a doença.
Na quinta-feira também havia 233 pacientes internados em UTIs públicas e 248 em enfermarias públicas. Com isso, a taxa de ocupação fechou em 57,82% para UTIs adulto e em 28% para enfermarias adulto.
