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Notícias / Judiciário

09/03/2021 às 15:00

MPE identifica superfaturamento e Justiça bloqueia R$ 227 mil de Zé do Pátio

Segundo a Justiça, há indícios de que a Prefeitura favoreceu as empresas envolvidas, que haviam sido contratadas para o fornecimento de remédios

Camilla Zeni

MPE identifica superfaturamento e Justiça bloqueia R$ 227 mil de Zé do Pátio

Prefeito Zé do Pátio

Foto: Maurício Barbant/ALMT

O juiz Francisco Rogério Barros, da Primeira Vara da Fazenda Pública de Rondonópolis (212 km de Cuiabá), determinou o bloqueio de R$ 227,3 mil das contas do prefeito José Carlos do Pátio (Solidariedade), pela prática de improbidade administrativa. 

Além do gestor, também foram alvos da decisão judicial a empresa Stock Comercial Hospitalar Ltda e a Farma Produtos Hospitalares Ltda, que tiveram, respectivamente, R$ 178,4 mil e R$ 18,9 mil bloqueados.

Conforme o Ministério Público de Mato Grosso (MPE-MT), a ação proposta visa ressarcimento aos cofres públicos por suspeita de irregularidades na contratação das empresas. Relatório pericial encomendado pelo MPE apontou superfaturamento pelas contratadas e prejuízo aos cofres públicos. 

Consta da ação que a Prefeitura de Rondonópolis lançou três pregões para a compra de medicamentos diversos, que resultaram na contratação das empresas Farma e Stock. No entanto, perícia contábil comprovou que as empresas foram beneficiadas nas licitações.

Segundo o relatório, as licitações tiveram itens faturados com quantidades e valores superiores ao adjudicados, o que se configura como compras sem licitação e favorecimento das contratadas. Ainda de acordo com a perícia, também foram encontrados itens faturados que não constam na licitação, e itens faturados com valores bem superiores à media encontrada no Banco de Preços da Saúde. 

A ação cita, como exemplo, que a licitação previa compra de 5 mil unidades de um medicamento específico da empresa Farma, ao custo de R$ 5 mil. Contudo, acabou sendo faturada a compra de 10 mil itens, ao custo de R$ 8.250,00. Da mesma forma, com a empresa Stok, a Prefeitura sinalizou a contratação de 84.600 itens de um produto, mas foram faturados 100,7 mil unidades, a um custo de R$ 10 mil a mais. 

Em  razão das irregularidades, a Prefeitura teria ficado com um prejuízo de R$ 143,4 mil, em valores que, atualizados até a data da perícia, ficaram em R$ 227,3 mil. Desses, R$ 178,4 mil foram pagos ilicitamente para a empresa Stock, enquanto a Farma recebeu indevidamente R$ 48,8 mil.

A indisponibilidade dos bens dos acusados foi decretada no último sábado (6).
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