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Notícias / Agro e Economia

11/04/2021 às 14:00

Em 1 ano de pandemia, MT tem 65 mil novas empresas e registra superávit na abertura de empreendimentos

Mato Grosso é um dos estados menos afetado pela pandemia quando o assunto é economia e muito deve-se à cadeia ligada ao agronegócio

Alline Marques e Luzia Araújo

Em 1 ano de pandemia, MT tem 65 mil novas empresas e registra superávit na abertura de empreendimentos

Foto: Imagem ilustrativa

É praticamente impossível falar da pandemia da covid-19 sem falar de economia. Isolamento social x abertura do comércio pautaram este um ano desde quando Mato Grosso passou a conviver com o coronavírus. E com o aumento recente de casos o assunto voltou com mais ênfase no dia a dia do mato-grossense. Enquanto de um lado tem aqueles que defendem a quarentena obrigatória, outros vão às ruas defender a liberação das atividades comerciais. 

Claro que alguns setores foram bastante prejudicados e nem sequer conseguiram ver luz no fim do túnel, como o de transporte escolar. Sem escola, os pais não precisaram mais utilizar o serviço de vans e não há tecnologia que ajude ou substitua. Os motoristas tiveram que buscar em outras profissões maneiras de sustentar a família. Por outro lado, outros ramos da economia ainda conseguiram se reinventar, usar a tecnologia a favor, e sobreviveram à crise. Há ainda aqueles que faturaram ainda mais durante a pandemia. 

E o estado de Mato Grosso mostrou que é um dos estados com maior potencial econômico do país. Em meio a crise, gerou mais de 21 mil postos de trabalho. E vai além, apesar de todo o discurso sobre o fechamento de empresas, os números registrados pela Junta Comercial do Estado de Mato Grosso (Jucemat) revelam  uma realidade bem diferente. 

O Leiagora fez um levantamento de 16 de março de 2020 a 16 de março de 2021. Exatamente um ano da pandemia. E percebeu que Mato Grosso teve um aumento significativo na abertura de empresas. Enquanto 19.958 fecharam as portas, outras 65.960 surgiram em plena crise. O que gerou um superávit de 46.002. 

O setor que mais abriu empresa foi o de serviços com 40.757 novas empresas neste um ano, porém também foi o segmento que mais teve baixa: 10.786. Enquanto o comércio viu surgir 19.662 novos estabelecimentos, registrou a perda de 7.643 empreendimentos. Já a indústria viu seu cartel aumentar com 5.541 novas plantas, mas, por outro lado, 1.529 fecharam as portas. 

O que surpreende também é que os números de 2020/2021 mostram um aumento de 15,3% na abertura de empresas quando comparado aos anos de 2019/2020, quando foram constituídas 57.185 novas empresas. O que revela que apesar de toda a pandemia, o estado continuou atraindo investidores e novas oportunidades.

O Leiagora conversou com o presidente da Junta Comercial do Estado de Mato Grosso (Jucemat), Manoel Lourenço de Amorim Silva, para entender este fenômeno bem diferente de outros estados brasileiros. Para ele, este crescimento está associado à agilidade para oficializar a constituição de uma empresa junto ao órgão, e também ao setor do agronegócio. 

De acordo com Manoel, atualmente uma empresa chega a ser constituída em até duas horas, enquanto em outros estados demoram até dois dias. Esta agilidade também tem permitido o aumento de empresas, somente entre janeiro e fevereiro deste ano já foram cerca de 2 mil novos CNPJ’s criados. E estes dados não inclusive as chamadas MEI’s, ou seja, o microempreendedor individual. São referentes às Sociedades Anônimas (SA), Eireli, Cooperativas e Ltdas. 

Já com relação ao agronegócio, o presidente explica que é toda uma cadeia ligada ao setor e a potência de Mato Grosso no segmento tem atraído a vinda de empresas ligadas ao ramo. O agronegócio puxa a indústria de modo geral, dentre elas, as de construção de máquinas, caminhões, construção civil, entre outras. Assim como fomenta o comércio e ainda o setor de serviços, como os de fretes, além de cada vez mais investir em tecnologias, e ainda serviços especializados ou indiretos da indústria e do comércio.

“Em Mato Grosso ocorreram muito mais abertura de empresas do que fechamento e  observa-se que muito em detrimento do agronegócio que acaba puxando para cima esses outros negócios que são associados à cadeia da produção. O emprego está bom e vem uma cadeia que favorece o estado, primeiro com a geração de emprego, com a geração de empresas. Por isso Mato Grosso vem crescendo com relação à constituição de empresa”, comentou Manoel, que completa colocando o estado como um celeiro do mundo e não apenas do país. 

Por outro lado, os números mostram que mesmo tendo um aumento de quase 20 mil novas empresas no ramo do comércio, este foi um dos mais impactados com a pandemia. Manoel explica que isto deve-se às medidas impostas, como a quarentena, além da contaminação até mesmo de funcionários que acaba afetando também o trabalho. Em contrapartida, o delivery não só salvou algumas empresas, como também permitiu que muitas surgissem. 

“Enquanto outras que já estavam no mercado sentiram esse impacto com a queda nas vendas e com isso começaram a demitir funcionário e até a fechar. A questão é que aquele que não tem um capital, acaba fechando. Enquanto outros com capital, vão se mantendo, para na hora que as coisas melhorem, estejam no mercado novamente”. 
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