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Notícias / Política

10/05/2021 às 07:00

Presidente do Cosems diz que MT recebe menos doses e critica mudanças nos grupos prioritários

Marco Antônio presidente o conselho das secretarias municipais e comentou sobre o problema da falta das segundas doses, a dificuldade na vacinação e as mudanças feitas pelas prefeituras

Paulo Henrique Fanaia

Presidente do Cosems diz que MT recebe menos doses e critica mudanças nos grupos prioritários

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-MT), Marco Antônio Norberto Felipe, comentou sobre a ausência de vacinas em Mato Grosso, que tem um déficit de 19.426 doses em 48 municípios, e revela ainda que se o governo Federal enviasse o quantitativo necessário, em 20 dias toda a população estaria vacinada

Marcos, que atua como secretário de Saúde de Guarantã do Norte, explica ainda que o problema não foi apenas a recomendação do Ministério da Saúde para o uso das vacinas da segunda dose, mas o fato de vir um número inferior à população dentro do grupo prioritário.

Esta semana, Marco inclusive assinou ofício enviado ao Ministério da Saúde cobrando 19.426 vacinas que seriam destinadas para a segunda dose. Mato Grosso tem 48 municípios com falta da Coronavac. De acordo com a resolução, o déficit se deu em virtude da recomendação do Governo Federal quanto ao uso das remessas. 

O Ministério da Saúde determinou que as doses destinadas à segunda aplicação do imunizante deveriam ser utilizadas para aplicação da primeira dose, situação que impactou o esquema vacinal de vários municípios de Mato Grosso. 

Marcos explica que a recomendação seria referente às 8ª e 9ª remessas e ainda assim em Mato Grosso, somente a partir da 9ª remessa é que os municípios aderiram a recomendação, com exceção da capital, que optou por armazenar as doses e acabou se tornando a única capital com vacina para a segunda dose. 
O que ocorre, segundo Marcos, é que, na verdade, o estado tem um público bem maior que o estimado pelo Ministério da Saúde. “Recebemos vacina menor do que realmente temos de público. Isso automaticamente vai dando uma falha no quantitativo lá na frente. Você vai aplicando e as vacinas são insuficientes para realizar todo o esquema que é primeira e segunda dose”, explicou. 

Quanto ao programa de vacinação no estado de Mato Grosso, o presidente é enfático ao dizer: “Mato Grosso hoje conta com 746 salas de vacinação. Nós temos expertise no assunto. Se nós realmente tivéssemos vacina suficiente, garanto que nós vacinaríamos toda a população do estado em 20 dias. Então estamos muito tranquilos em relação a isso. O que nos falta, realmente, é que a vacina chegue nos municípios”, afirmou. 

Já sobre as ações do governo Federal com relação à vacinação, Marcos faz algumas críticas à demora para a aquisição de vacinas. “Se nós tivéssemos começado essa vacinação em tempo oportuno, talvez nossa imunização estaria bem mais tranquila do que estamos hoje”. Ele conta que se vacina um percentual muito baixo da população, mas é por falta de vacina. 

Por outro lado, o presidente do conselho também faz críticas a alguns municípios que criam, por conta própria, grupos prioritários. “Fica complicado. Você está num plano nacional de imunização para seguir e alguns municípios querem fazer esse plano da forma que acha melhor e isso é errado. Se todos nós seguíssemos exatamente a priorização do plano nacional de imunização da covid nós não estaríamos com essa deficiência de doses, tanto na primeira, quanto na segunda”, argumentou. 
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