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21/06/2021 às 13:50 | Atualizada: 21/06/2021 às 14:15

Preocupado com variantes, ministro diz que vacinas 'extras' virão para todo estado

Paulo Henrique Fanaia e Alline Marques

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que as doses que serão enviadas a Mato Grosso, como "extras", na verdade não serão uma  compensação pela realização da Copa América na capital e já estavam previstas no Plano Nacional de Imunização, para atender estados de fronteira com países da América do Sul, devido à preocupação com a chegada de variantes. 

“O que está em discussão para esses estados que têm grandes fronteiras secas com os países vizinhos é um estudo no PNI para se ampliar a vacinação. São estados que, territorialmente, são grandes, mas que têm concentração demográficas pequenas, de tal maneira que o esforço para ampliar a imunização não é tão grande e, do ponto de vista epidemiológico, pode ser importante para conter eventuais variantes”, disse o ministro em resposta a um questionamento feito pelo senador Wellington Fagundes (PL), nesta segunda-feira (21), durante reunião da Comissão Temporária da Covid. 

Leia também: Governo pode 'confiscar' vacinas de Cuiabá e VG sem nota técnica do Ministério da Saúde

Ao final da audiência, Queiroga afirma que esse novo plano de imunização ajudará na contenção de variantes andinas que podem entrar no país por meio de estados fronteiriços.

A expectativa era de que as doses extras chegassem para atender Cuiabá e Várzea Grande como compensação à realização da Copa América. O pedido foi feito diretamente pelos prefeitos das duas cidades, Emanuel Pinheiro e Kalil Baracat, respectivamente, ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro Marcelo Queiroga. 

O ministro chegou a gravar um vídeo ao lado do deputado federal Emanuelzinho (PTB) falando que viria para a capital anunciar "boas novas" para Cuiabá e outro ao lado de Emanuel Pinheiro falando que a prefeitura cumpriu o dever de casa. 

Porém, com a definição de doses para estados de fronteiras as vacinas deverão ser enviadas diretamente para distribuição para todo o estado e não, especificamente, para as duas. Inclusive, o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, já havia declarado que se as doses extras fossem enviadas, deveriam estar 'carimbadas' em nota técnica do Ministério da Saúde. 
 
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