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20/07/2021 às 07:31 | Atualizada: 20/07/2021 às 07:54

Retomada de cirurgias eletivas precisa de análise mais apurada, defende secretário

Da redação - Débora Siqueira / Reportagem local - Marina Martins

O secretário municipal de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, defende uma análise mais apurada antes da retomada das cirurgias eletivas – aquelas não urgentes e são agendadas – em toda rede municipal de Cuiabá. O receio é sobre a adesão ao Programa Mais MT Cirurgias, lançado no dia 15 de julho, pelo Governo do Estado, que visa realizar 138 mil procedimentos que serão custeados com um incentivo de aproximadamente R$ 105 milhões.
 
Acumulando a pasta com a direção-geral da Empresa Cuiabana de Saúde Pública, Célio Rodrigues da Silva contou que o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) ajudou a manter as cirurgias eletivas durante a pandemia.


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“Cuiabá sempre foi um centro e o estado converge para cá, especialmente nas cirurgias mais complexas. Nós passamos todo o período da pandemia com HMC mantendo as urgências e emergências e algumas cirurgias eletivas, cerca de 45 por dia. Nós continuamos fazendo durante todo período da pandemia. O São Benedito que é mais focado em cirurgias eletivas hoje está ainda como referência covid-19”.
 
Nos próximos dias, o Comitê de Enfrentamento à covid-19, presidida pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), deve se reunir e avaliar se já é momento de desmobilizar algumas ações devido à redução do número de contaminados e internados.
 
“O Estado soltou esse projeto (retomada das cirurgias eletivas), mas temos que avaliar se teremos lugar aonde internar o paciente, porque não adianta só falarmos que vamos fazer cirurgias, tem que ter número de leitos adequados para isso. Passamos o período da pandemia só com o HMC com as cirurgias eletivas. A gente fala em terceira onda, não sei se os hospitais irão suportar pacientes internados em cirurgias eletivas, tem que ser bem cuidado a gente tem que planejar bem isso”.

Em Mato Grosso, as cirurgias eletivas estavam suspensas no Estado desde março de 2020 devido à pandemia do novo coronavírus e foram retomadas, por meio do Decreto N° 989, de 05 de julho de 2021. A autorização do retorno dos procedimentos eletivos considerou a redução na taxa de ocupação dos leitos de internação de pacientes em tratamento do coronavírus.
 
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