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02/08/2021 às 20:33 | Atualizada: 02/08/2021 às 20:34

Professores decidem retornar às aulas após pressão por corte de ponto

Débora Siqueira

As ameaças de corte de ponto e grande parte das prefeituras terem retomado as aulas agora no segundo semestre fez com que os profissionais da educação pública aceitassem voltar para à sala de aula no modelo híbrido. Na assembleia online realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) na tarde desta segunda-feira (2), eles deliberaram pelo retorno das atividades presenciais.
 
Eles alegam que a pressão exercida pelo governador de Mato Grosso, com apoio de órgãos como Ministério Público e Assembleia Legislativa do estado, colocam os profissionais numa situação extrema. Contudo, vão manter estado de greve e uma agenda de mobilização e acompanhamento incisivo sobre a situação sanitária nas escolas.

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As aulas na rede pública estão suspensas desde março de 2020, período que o ano letivo iria começar devido à alteração no calendário escolar de 2019, após 75 dias de greve. O ensino na modalidade totalmente online iniciou em maio de 2020 e permaneceu até hoje.  
 
Na assembléia, eles deliberaram ainda pela criação de comitês de fiscalização sanitária nas unidades escolares nos municípios. Serão formulados dossiês que ajudarão a relatar a falta de profissionais para manter a escola higienizada, as péssimas condições de infraestrutura para o trabalho profissionais e presença dos estudantes.
 
“Permanecemos em alerta e insistimos que a decisão do governo é irresponsável e desumana. Estamos com baixa taxa de imunização e o risco de contagio ainda é grande, o que coloca em risco a vida das crianças. O quadro de contaminação e mortes que ocorrerem a partir de amanhã será fruto do descaso e da irresponsabilidade do governo”, destaca o dirigente do Sintep/MT. 
 
Aulas suspensas no dia 18 de Agosto
 
Dezesseis dias após a retomada das aulas em modalidade híbrida – com parte da turma indo uma semana na aula e outra online – não haverá aulas de uma forma ou de outra. No dia 18 de agosto, os professores vão aderir uma paralisação nacional.
 
Nos dias 28 e 29 de agosto os representantes do Sintep devem se reunir novamente para avaliar os resultados da volta às aulas presenciais. “Faremos nova reunião para avaliação da situação nas escolas e não descartamos o movimento grevista diante da ação truculenta do governo”, afirma o presidente do Sintep/MT.
 
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