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10/11/2021 às 16:29

Hospital Geral quer rever redução de participação nos recursos do Fundo de Saúde

Débora Siqueira

A direção do Hospital Geral e Maternidade de Cuiabá (HG) buscou a Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para tentar reverter os efeitos de projeto de lei 964/2021 aprovado em segunda votação no Parlamento no dia 26 de outubro.
 
A proposta estabelece os percentuais dos recursos do Fundo Estadual de Estabilização de Saúde (FEEF) aos hospitais filantrópicos. Contudo, no substitutivo, foi reduzido o percentual de participação do Hospital Geral de recursos do fundo de 25% para 21%. O fato ocorreu para aumentar o percentual ao Instituto Lions da Visão de 3% para 6%.
 
A mudança, inclusive, contou com apoio dos quatro parlamentares da Comissão de Saúde, no dia 26 de outubro.

A médica e presidente do Conselho Administrativo do Hospital Geral, Flávia Galindo Silvestre Silva, se reuniu com os deputados na terça-feira (09) e apresentou que essa mudança trará impacto no orçamento mensal da instituições, de R$ 20 mil a R$ 25 mil, afetando os projetos de ampliação física e de atendimentos.
 
Ela informou também que 28% dos atendimentos realizados por hospitais filantrópicos a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso são realizados pelo Hospital Geral.  Quando separados os procedimentos de alta complexidade, este percentual sobe para 82%. Entre as principais áreas de atuação do HG estão tratamentos oncológicos, neurocirurgias, cirurgias cardíacas e hemodinâmica e cirurgias ortopédicas.
 
O vice-presidente da Comissão de Saúde da ALMT, deputado Dr. Gimenez (PV), disse que o hospital vai encaminhar à Assembleia um levantamento detalhados dos custos e receitas para que os deputados possam buscar soluções que garantam a continuidade dos atendimentos. 
 
“A comissão vai levantar recursos para atender este hospital, que é referência em atendimento cardíaco e tem está com uma demanda reprimida muito grande. A população da baixada cuiabana acaba sendo privilegiada pela proximidade e é preciso expandir esses atendimentos para as pessoas das outras regiões”, afirmou Dr. Gimenez.
 
O deputado Lúdio Cabral destacou a importância do Hospital Geral para atender áreas consideradas críticas no estado, como neurocirurgias e cardiologias. “É preciso ampliar a capacidade de financiar para que o hospital possa oferecer mais serviços. O hospital trouxe demanda para ampliar algumas áreas. Pedimos para que detalhem esses custos para que no debate do orçamento de 2022 possamos alocar recursos da saúde para estes projetos”.
 
O Hospital Geral realiza mensalmente dez cirurgias cardíacas abertas e mais 50 procedimentos de alta complexidade, como angioplastia e cateterismo. Além disso, é único hospital filantrópico a realizar neurocirurgias atualmente no estado e absorveu todos os atendimentos adultos de oncologia que deixaram de ser realizados na Santa Casa de Cuiabá. De acordo com Flávia Galindo, a demanda do hospital aumentou 25%, mas a demanda de pessoas que nem chegam à unidade é ainda maior.
 
“Ficou acordado que os deputados vão apoiar o Hospital junto ao governo para que reveja o quantitativo ou que possam repor esse valor por meio do orçamento estadual”.
 
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