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18/02/2022 às 09:45 | Atualizada: 18/02/2022 às 10:00

Padre preso por estupro de adolescentes chorou por medo de perder a batina

Denise Soares

O padre, de 54 anos, que foi preso na manhã dessa quinta-feira (17) por ser investigado pelo crime de estupro contra dois adolescentes, de 15 e 17 anos, em Sinop, chorou por medo de perder a batina. Em coletiva de imprensa, o delegado Sérgio Ribeiro contou detalhes sobre a prisão do religioso, que é sacerdote há mais de 25 anos.
 
“Ele chorou e disse que tudo ocorreu com consentimento [das vítimas]. Ele lamentou, demonstrou estar arrependido e disse que as vítimas pediam. Chorou muito porque ia deixar de ser padre”, declarou o delegado.
 
Em um dos casos, a mãe de uma vítima procurou a Polícia Civil e declarou que o filho, de 15 anos, trabalhava desde o ano passado na igreja liderada pelo religioso e teria sofrido abusos sexuais praticados em diferentes períodos.
 
Em depoimento, o adolescente confirmou os abusos sexuais. Ele afirmou à polícia que o padre cometeu os supostos abusos quando tinha 7, 13 e 15 anos.

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“Uma das vítimas gravou esses abusos em vídeos. Ele contou que o padre passou a mão nas nádegas dele e nas partes genitais. Depois, o levou para o banheiro do quarto paroquial”, completou o delegado.
 
De acordo com a Polícia Civil, o padre teve a prisão decretada pela Justiça pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e importunação sexual.
 
A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de (DEDMCAI) cumpriu um mandado de busca e apreensão domiciliar no endereço do padre, uma chácara na zona rural de Sinop.
 
Para a polícia, a prisão do padre vai encorajar outras vítimas a denunciá-lo. O sacerdote passaria por audiência de custódia.

Diocese abriu investigação

A Diocese Sagrado Coração de Jesus, onde o padre atuava, disse que recebeu a denúncia contra o religioso na segunda-feira (14). O padre foi ouvido pelo bispo Dom Canísio Klaus e pediu afastamento do cargo.
 
Além do afastamento, a diocese disse que criou uma comissão para apurar a denúncia de abuso sexual. Afirmou que ofereceu apoio espiritual e psicológico às vítimas.
 
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