MP pede júri popular para viúva de Toni Flor por encomendar a morte do marido
Denise Soares
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pediu à Justiça de Mato Grosso que Ana Cláudia Flor, acusada de ser a mandante do assassinato do seu marido, o empresário Toni Flor, seja levada à júri popular. Toni tinha 37 anos quando foi assassinado em 11 agosto de 2020.
O pedido, assinado pelo promotor Samuel Frungilo, foi encaminhado nessa segunda-feira (7) à 12ª Vara Criminal de Cuiabá.
Ana Flor confessou ter pago R$ 60 mil para matar empresário e disse que sofria agressões.
O pedido do júri também foi feito para o executor e outras quatro pessoas envolvidas na morte de Toni Flor.
O caso
O crime ocorreu em agosto de 2020, quando a vítima chegava à academia, no bairro Santa Marta, em Cuiabá.
O suspeito estava em frente ao estabelecimento, de cabeça baixa, e perguntou pelo nome da vítima. Ao responder, Toni foi baleado e morreu no hospital dois dias depois.
A empresária Ana Cláudia foi presa em agosto de 2021. As investigações apontaram que ela negociou a morte do marido por R$ 60 mil em uma vídeo chamada.
Os principais motivos do assassinato seriam a herança e a possibilidade de Ana Cláudia ter supostos amantes, assim como Toni também teria outros relacionamentos.
A investigação policial apurou que a empresa de Toni e Ana movimentava cerca de R$ 1 milhão por mês e o valor era dividido entre os sócios.
Antes de ser presa, a viúva organizou protestos e frequentava delegacia para saber sobre a investigação do ex-marido.
Toni foi casado com ela por 15 anos e deixou três filhas de 4, 8 e 9 anos. As meninas estão com a avó materna.
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