Ana Cláudia Flor, acusada de ser a mandante do assassinato do seu marido, o empresário Toni Flor, se contradisse em depoimento durante audiência de instrução e julgamento, que entrou em seu quarto dia nesta quinta-feira (24). As divergências nas declarações acabaram irritando o juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Flávio Miraglia, que chegou a dizer que não existe "meia confissão".
Isto porque, Ana Cláudia admtiu ter conversado por telefone com dois homens diferentes, os quais não sabe identificar, para que o crime fosse executado, mas garante que desistiu. A viúva afirma que o executor do crime cometeu o homicídio por conta própria, uma vez que ela já tinha informado sobre a desistência.
No entanto, Ana Claudia confirma que realizou o pagamento pelo crime, porque estaria sendo ameaçada. “O segundo rapaz falou: "Eu vou fazer, mas eu quero R$ 60 mil". Depois o Toni me ligou e eu desisti da ideia, então o menino falou: ‘Cê tá (sic) de palhaçada comigo, dona”. Não passei a localização da academia, não passei dia, não passei hora. Eu voltei para minha vida normal. Eu acreditei que o Toni tinha sido baleado no lugar de um policial, porque foi ele [Toni] que me falou isso”, relatou.
Ana Cláudia ainda rebateu as declarações de Igor Espinosa, acusado de ser o autor dos disparos, que disse que recebeu R$ 20 mil das mãos da viúva, no mesmo dia em que cometeu o crime. Ela afirma que pagou R$ 30 mil a um rapaz, que não sabe dizer se era Espinosa, meses depois do crime.
“Depois da carreata [que pediu justiça pelo assassinato de Toni Flor], ela recebeu ligação do assassino, que cobrou o pagamento de R$ 60 mil reais. Ela levou R$ 30 mil reais para um homem em uma moto, que usava boné e máscara, na frente da rodoviária. Isso aconteceu meses após o crime. Depois passei mais R$ 30 mil, para a mesma pessoa, um pouco mais pra baixo da rodoviária”, contou.
Além dela, também foi ouvido o próprio Igor, que manteve a versão de que foi contratado pelo viúva. Ele disse ainda que Ana Claudia teria tentado matá-lo na cadeia e ainda revelou que foi ameaçado pelo delegado.
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