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11/04/2022 às 12:00

Quem diz que o governador não sabe fazer política precisa tomar cuidado, alerta Avallone

Jardel P. Arruda

“Quem fala que o governador não sabe fazer política tem que tomar cuidado”. O aviso é do presidente regional do PSDB, deputado estadual Carlos Avallone, ao analisar o estilo de articulação eleitoral do governador Mauro Mendes (União), pré-candidato à reeleição, e a atual conjuntura para a disputa das eleições de 2022.

Para Avallone, o fato de Mauro ter poucas conversas com partidos políticos e deixar para esclarecer as próprias decisões nos últimos dias antes dos prazos não é mero acaso, mas sim parte da estratégia que o levou a se tornar governador de Mato Grosso. Por isso, é preciso respeitar o modo de agir do chefe do Executivo estadual.

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“Tem gente que fala que o governador não sabe fazer política. Se não soubesse, não seria governador. (...) Realmente ele não é de procurar os partidos, não é de sentar para conversar. É de deixar para fazer nos últimos quinze dias. É uma estratégia, é um jeito diferente de fazer política e a gente tem que respeitar”, disse Avallone.

Vários políticos de Mato Grosso têm repetido em entrevistas e discursos que fazer política é a "arte de conversar" e que "não se faz política sozinho". As declarações são interpretadas como indiretas a Mauro Mendes, devido à estratégia do chefe do Executivo estadual de postergar o diálogo sobre a disputa eleitoral dizendo estar focado na gestão, além de ressaltar ter até o prazo das convenções, 5 de agosto, para definir se é candidato ou não.

Como dirigente do PSDB, partido com tradição em Mato Grosso que remete ao ex-governador Dante de Oliveira, Carlos Avallone faz parte de uma escola política diferente da de Mauro Mendes. Se por um lado ele respeita o modo do chefe do Executivo estadual de fazer política e destaca o bom diálogo da sigla tucana com a base governista, por outro procura abrir diálogo com outros políticos ao invés de apenas esperar.

De acordo com Avallone, o PSDB pode tanto continuar no arco de alianças da base de Mauro Mendes, como pode compor com outro grupo que apresentar uma candidatura competitiva, desde que partido seja contemplado na formação da chapa majoritária. Dessa forma, a sigla espera poder disputar a senatória, ou indicar um dos suplentes, ou a vice-governadoria.
 
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