STF nega prisão domiciliar a padre acusado de estupro de adolescentes
Denise Soares
O padre de 54 anos, acusado de estupro e importunação sexual de dois adolescentes de 15 e 17 anos, teve o pedido de habeas corpus negado pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. A decisão é de segunda-feira (13) e foi divulgada nessa terça-feira (14).
A defesa do sacerdote pediu a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar e alegou que o padre sofre de problemas de saúde.
A Polícia Civil indiciou o sacerdote. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPMT) pelos crimes sexuais em março. A Justiça de Mato Grosso aceitou a denúncia e o processo corre em segredo.
O caso
Para a Polícia Civil, o padre confessou ter tido relações sexuais com os adolescentes, mas alegou que todas foram consensuais. Ele responde pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e importunação sexual.
Em um dos casos, a mãe de uma vítima procurou a Polícia Civil e declarou que o filho, de 15 anos, sofreu abusos sexuais praticados em diferentes períodos. A vítima disse que o padre cometeu os supostos abusos quando tinha 7, 13 e 15 anos.
Diocese abriu investigação
A Diocese Sagrado Coração de Jesus, onde o padre atuava, disse que recebeu a denúncia contra o padre. Ele foi ouvido pelo bispo Dom Canísio Klaus e pediu afastamento do cargo.
Além do afastamento, a diocese disse que criou uma comissão para apurar a denúncia de abuso sexual. Afirmou que ofereceu apoio espiritual e psicológico às vítimas.
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