Imprimir

Imprimir Notícia

25/06/2022 às 14:05

Presidente do TJ expõe arrependimento em aprovar criação de 9 vagas para desembargadores

Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Denise Soares

A desembargadora Maria Helena Póvoas garante que não irá convocar novos desembargadores enquanto estiver na presidência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Em entrevista à imprensa, a magistrada indica que a aprovação do projeto que aumentou o número de vagas para o cargo de desembargador, em 2020, foi desnecessária.

“Não há a menor necessidade de convocação de outros desembargadores, e os meus pares que votaram, inclusive eu mesma, para ampliação desse quadro, hoje estamos convencidos que naquele momento não fizemos a melhor reflexão”, disse.

O projeto foi aprovado por unanimidade do pleno em fevereiro de 2020 e garantiu a criação de nove vagas de desembargadores no judiciário de Mato. Após isso, foi encaminhado à Assembleia Legislativa, para apreciação dos deputados estaduais, que também aprovaram o projeto, e posteriormente ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Eu também votei para ampliação do quadro. Não foi um erro, foi a oportunidade, o estrangulamento que estava havendo, e hoje ainda existe um pouco, nas Câmaras de Direito Público, que há um volume muito grande de julgamento, e naquele momento fizemos a leitura que se fizéssemos a ampliação do quadro, poderia desafogar. Hoje, estamos convencidos que essa não é a válvula correta para desafogar o volume das Câmaras”, explicou a desembargadora.

Segundo ela, o atual efetivo do Judiciário tem dado conta de toda a demanda e, inclusive, vem sendo reconhecida nacionalmente por sua produtividade.

“Enquanto eu estiver a frente do Poder Judiciário não haverá convocação de novos desembargadores, preenchimento de vagas. Acho que os que estão aí têm demonstrado que estão dando conta do recado perfeitamente. Tanto é verdade que o CNJ tem referendado isso através dos selos que tem dado, selo ouro, ao Tribunal de Justiça devido à celeridade nos julgamentos. Então não há a menor necessidade de convocação de outros desembargadores”, finalizou.
 
 Imprimir