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04/07/2022 às 11:44 | Atualizada: 04/07/2022 às 16:41

Comissão de Ética pedirá compartilhamento de provas para acompanhar caso de Paccola

Da Redação - Kamila Arruda / Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda

A Câmara de Cuiabá, por meio da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, irá pedir o compartilhamento de provas para acompanhar as investigações conduzidas pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) sobre o episódio ocorrido na sexta-feira (1º), quando o vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41 anos, a tiros.

Isso foi definido na manhã desta segunda-feira (4) durante reunião do Colégio de Líderes. A informação é do presidente da Comissão, vereador Lilo Pinheiro (PDT).

“Trabalho vai ser realizado com a máxima isenção possível, procurando a elucidação dos fatos e para isso, evidentemente, a Comissão de Ética, junto com a presidência, estará também requisitando as imagens do que aconteceu”, disse em coletiva de imprensa.

Segundo o pedetista, Paccola terá que explicar o que aconteceu para a polícia e também para os parlamentares. “Ele vai ter que se explicar tanto para a autoridade policial como também para os parlamentares. Isso é um fato que vai precisar ser esclarecido para toda sociedade”, enfatizou.

O presidente do Parlameto municipal, vereador Juca do Guaraná (MDB), afirma que a Casa de Leis só tomará uma posição após o resultado das investigações por parte das autoridades policiais.

Contudo, frisa que, se houver qualquer representação contra o parlamentar, ela será apreciada, conforme prevê o Regimento Interno.

“Existem várias versões e nós não queremos ser precipitados em nada. Temos informações que tem quatro delegados da polícia civil acompanhando as investigações. Nós acreditamos na polícia, tem imagens de câmeras também. Então, a Comissão vai acompanhar passo a passo, o andamento, as testemunhas, para dar qualquer direcionamento”, reforçou.

Sobre o imapcto desse episódio à imagem da Câmara, Juca desconversa. Diz que o fato é algo inédito e que nos 10 anos em que está no Legislativo, nunca se deparou com uma situação nem parecida com isso. "Então, tudo que nós falarmos hoje, sem ter o acompanhamento, é precoce. É uma caso isolado, e a Câmara vai continuar trabalhando com as ações positivas, que e nossa obrigação zelar e trabalhar em pro do povo cuiabano”, finalizou.

O crime

Paccola matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, 41 anos, também conhecido como Japão, a tiros. O crime ocorreu no Bairro Quilombo, nas proximidades do restaurante Choppão, em Cuiabá, no início da noite de sexta (1º).

O vereador alega que Alexandre estava armado e ameaçando a companheira na rua em frente a populares. Já a mulher que acompanhava o agente afirma que o vereador atirou sem qualquer motivo aparente.


Paccola foi ouvido e liberado poucas horas depois. Na manhã de hoje, ele aproveitou a reunião do Colégio de Líderes para explicar a versão dele aos demais vereadores.

 
 
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