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29/07/2022 às 16:00

Japão sacou arma para impedir que namorada a pegasse, conclui MPE

Kamila Arruda

O agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, morto a tiros pelo vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos) no último dia 1º, teria sacado a arma momentos antes de ser baleado, mas no intuito de impedir que a namorada a pegasse da cintura dele. Essa foi a conclusão dos promotores de justiça do Núcleo de Defesa da Vida, exposta na denúncia oferecida contra o parlamentar nessa quinta-feira (28).

“É fato que, em meio a uma série de impropérios, Janaina instigou Alexandre para que sacasse da arma de fogo que trazia consigo, o que efetivamente foi feito, em aparente objetivo de evitar que a própria se apossasse da arma que trazia em sua cintura, bem como com a intenção de dissuadir que as pessoas que por ela eram xingadas viessem a investir contra ela”, diz trecho do documento.

Japão, como o servidor público era conhecido, teria sacado a arma da cintura durante uma confusão em uma distribuidora localizada nas proximidades do restaurante Choppão, em Cuiabá.

O fato foi originado após a companheira dele ter entrado na contramão, em alta velocidade, na Rua Presidente Arthur Bernardes, oportunidade em que parou o carro, desceu do veículo e, visivelmente descontrolada, passou a discutir e xingar as pessoas que se encontravam na referida via pública.

“Foi neste momento que Marcos Eduardo Ticianel Paccola se aproximou da vítima já de arma em riste, visualizou que ela estava com uma arma de fogo nas mãos e de costas para ele, andando na mesma direção de sua companheira que seguia um pouco à frente, oportunidade em que efetuou 03 (três) disparos de arma de fogo contra Alexandre, atingindo-o na região dorsal esquerda, espondiliana superior e dorsal direita, provocando assim as lesões descritas no Laudo Pericial nº 1.1.01.2022.017291-01, cuja gravidade e localização foram suficientes para provocar-lhe a morte por choque hipovolêmico hemorrágico”, completa a denúncia.

Paccola foi denunciado por homicídio qualificado. O Ministério Público pede que ele seja julgado por júri popular, e ainda solicitou a suspensão do porte de arma do parlamentar.
 
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