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11/10/2022 às 12:05 | Atualizada: 11/10/2022 às 12:12

Jornalista é alvo de busca e apreensão da PF em operação que investiga pornografia infantil

Leiagora

O jornalista Arthur Garcia foi alvo de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (11), em Cuiabá, pela Polícia Federal na Operação Falso Álibi. A PF apurava crimes de exploração sexual infantil e condutas envolvendo o comércio e a distribuição de imagens contendo pornografia infantil.

O jornalista alegou que recebeu as imagens de uma pessoa, que se passava por delegado da Polícia Civil, e usaria o material para uma futura reportagem investigativa.

"Isso aconteceu em agosto. Eu baixei as imagens e continuei recebendo, mas nunca divulguei ou vi outras imagens. Essa pessoa nunca mais falou comigo e o delegado viu a lisura no meu comportamento. Não conheço essa pessoa", disse no Programa do Pop, na TV Cidade Verde.

O caso está sendo analisado pela PF. O celular do jornalista foi apreendido e será periciado.

Arthur prestou depoimento e foi liberado.

A operação

Cerca de 13 policiais federais cumprem 4 mandados judiciais, sendo 3 de busca e apreensão e 1 de prisão preventiva, em Mineiros, Goiás, e Cuiabá, capital de Mato Grosso. 

Os alvos são pessoas investigadas por trocarem, armazenarem e divulgarem imagens de exploração sexual infantil e links de comercialização desse material por meio de grupos de aplicativos de mensagens.

Inclusive, restou comprovado que um dos alvos integrava vários grupos desses aplicativos, compartilhando esse tipo de material.

O nome da operação reporta-se ao modo de agir dos investigados que, a pretexto de denunciarem essa prática criminosa, participavam ativamente do oferecimento, troca, distribuição dessas imagens.

Um deles, inclusive, ainda se passava por autoridade policial federal, chegando a fornecer o endereço da Polícia Federal em Jataí em alguns cadastros, tudo a indicar a tentativa de criação de um falso álibi.

A pedofilia na internet corresponde à produção, publicação, venda, aquisição, troca, armazenamento de pornografia infantil por meio de páginas da web, e-mail, salas de bate-papo ou qualquer outro meio.
 
Para efeito dos crimes previstos no ECA, a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais.
 
Os investigados poderão, neste momento da investigação, ser enquadrados nos crimes de distribuição e armazenamento de material contendo pornografia infantil, previstos no art. 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente, cujas penas somadas podem atingem 10 (anos) anos de reclusão.
 
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