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12/12/2022 às 20:50 | Atualizada: 12/12/2022 às 20:54

Ministro determina prisão de indígena e manifestantes tentam invadir sede da PF em Brasília

Leiagora

A pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta segunda-feira (12), a prisão temporária de José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Serere, pelo prazo inicial de dez dias, pela suposta prática de condutas ilícitas nas manifestações pela transparência das eleições presidenciais deste ano.

A decisão, tomada na Petição (PET) 10764, se fundamentou na necessidade de garantia da ordem pública, diante dos indícios da prática dos crimes de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, previstos no Código Penal.

Tal prisão causou grande comoção e revolta entre os demais manifestantes, que compartilharam seus posicionamentos nas redes sociais no início da noite desta segunda-feira (12), pela perspectiva de que os indígenas também deveriam ter resguardado a si o direito de protestar.

Em decorrência da prisão e diante da revolta, houve tentativa de invasão da sede da Polícia Federal em Brasília, conforme noticiou a Jovem Pan News nesta noite.

Em entrevista ao mesmo programa, o senador pelo Rio Grande do Sul, Luiz Carlos Heinze (PP), contestou a linha jurídica usada pelo ministro do STF. "Não são manifestações antidemocráticas, antidemocráticas são as atitudes do próprio ministro Alexandre de Moraes, prendendo prefeito, [...] imprensa cerceada, parlamentares cerceados, isso, sim, é antidemocrático".

Manifestações

Segundo a Polícia Federal (PF), Serere Xavante fez manifestações que seriam de cunho antidemocrático em diversos locais de Brasília (DF).

Ao pedir a prisão temporária, a PGR disse que ele vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
Com STF
 
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